
No dia 28 de maio de 2021 realizaram-se, a convite da disciplina de EMRC, duas palestras sobre o tema da shoá (holocausto) dirigidas a alunos do 6.º,...
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Ler maisE tudo começou hoje. Foi-nos restituída a liberdade roubada, mutilada e assassinada, a liberdade que todos ansiávamos como se de repente se desatasse ...
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Ler maisNo dia 12 de maio, foi realizada, pelas turmas A, B e C do 8º ano de escolaridade, uma atividade subordinada ao tema “Proteção e Conservação da Nature...
Ler maisNo dia 21 de março, no âmbito da disciplina de ciências naturais, as turmas de 8º ano realizaram uma atividade relacionada com os dias Mundial da Flor...
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Ninguém gosta de morrer na praia. É como se tivéssemos conquistado tudo e, de repente, deitássemos esse tudo a perder. Por outro lado, cumprir regras também não é a nossa praia, embora desta vez tenhamos alcançado uma proeza qual surfista que enfrenta uma onda gélida e gigante.
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O coelhinho da Páscoa
Até que enfim! Já temos uma data, um marco, uma baliza que nos remete para o início do desconfinamento. É irrelevante se já existe um planeamento, se já se está a estudar o calendário, se é faseado ou repartido em amplas ou minúsculas fatias. Até que enfim!
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A pandemia levou a uma mudança drástica nos nossos hábitos. O facto de termos de passar mais tempo em casa e de utilizarmos o mesmo espaço para trabalhar, estudar, ter aulas, fazer exercício físico e relaxar levou a população a ter de se reinventar e adaptar.
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As vacinas indevidas
Já deram origem a demissões
Continuamos a fazer parte do problema
E nunca das soluções
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Atualmente, têm-se verificado uma rápida ascensão do digital, em virtude das consequências da pandemia da COVID-19 que estamos a atravessar. Deste modo, as novas tecnologias auxiliaram o dia a dia, permitindo uma melhor adaptação às novas condições.
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A pandemia trouxe várias alterações na forma como as pessoas constroem as suas relações interpessoais, sendo uma delas o aumento do uso das redes sociais como forma de comunicação.
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Põe a vacina no congelador
Assim entra sem dor
Tem 100% de eficácia
Não é nenhuma falácia.
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Com a chegada da pandemia de COVID-19 houve a necessidade de diversas mudanças. O mundo teve de se reinventar e encontrar soluções inovadoras das mais variadas formas, nomeadamente ao nível da cultura.
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“A nova realidade”
Um vírus desconhecido
Abalou o universo
Trouxe insegurança e medo
E um continuar incerto
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No dia 23 de novembro, a turma de Química de 12º ano fez uma visita de estudo aos laboratórios de engenharia mecânica da ESTIG com o objetivo de aprofundar os seus conhecimentos em relação ao novo modelo de produção industrial de moldes em impressoras 3D (três dimensões).
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A União de Freguesias da Sé, Santa Maria e Meixedo propôs à área disciplinar de História a realização de um evento evocativo da I Guerra Mundial. Esta proposta revelou-se irrecusável, pois era a possibilidade de proporcionar aos alunos do Agrupamento, nomeadamente aos do 9.º ano, uma aula de história diferente, uma história viva.
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O Teatro Municipal de Bragança celebra este ano 10 anos, 10 anos a dar espectáculo e a enriquecer culturalmente a nossa cidade.Para tal, e como é um ano de aniversário, no dia 13 de Setembro realizou-se o lançamento do livro “Teatro Municipal de Bragança – 10 anos”, que assinala todo o percurso desde a abertura do Teatro até aos dias de hoje, e à noite decorreu a estreia absoluta do espetáculo “Abade – a história de um Homem que andava a pé”, um projeto de parceria entre a comunidade brigantina e a Companhia de Teatro da Garagem, com a direção de Carlos Pessoa.
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O Município de Bragança promoveu, pela primeira vez, a Semana da Juventude 2014 – A Saúde Mental Importa –, de 5 a 12 de agosto, em estreita colaboração com o Instituto Português do Desporto e Juventude de Bragança, entre outras entidades, dedicada inteiramente aos jovens, pois é decisivo o investimento nesta população.
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No dia quatro de junho, uma comitiva da qual figuravam dois alunos, Tiago Vaz, do 10.ºB, e Beatriz Alves, do 12.º A, da Escola Secundária Abade de Baçal, deslocou-se à sala de eventos do Inatel, Costa da Caparica, em Almada com intuito de participar na fase nacional da 15.ª edição do Concurso Nacional de Leitura.
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No dia sete de abril, decorreu na Escola Secundária Abade de Baçal, pelas 15 horas, o concurso “Canguru Matemático sem fronteiras 2022”, com a participação de inúmeros alunos. Após a publicação dos resultados, constatou-se que a aluna Carolina Teixeira, do 11.º A, obteve o primeiro lugar a nível nacional, na categoria Júnior, com a pontuação máxima, 150 pontos.
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No dia 24 de novembro, decorreu, no auditório do Público em Lisboa, a cerimónia de entrega dos prémios do Concurso Nacional de Jornais Escolares 2020-21, no âmbito do projeto Público na Escola, no qual o jornal Outra Presença foi laureado com o primeiro prémio de melhor jornal de agrupamento. Assim, o grupo composto pela aluna Carolina Teixeira, a professora coordenadora, Luísa Diz Lopes, e a diretora do Agrupamento, Teresa Sá Pires, deslocaram-se à doca de Alcântara Norte, mais precisamente ao Edifício Diogo Cão para participarem no evento.
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Depois do interregno forçado pela pandemia no ano letivo anterior, o Departamento de Português do Agrupamento de Escolas Abade de Baçal retomou a realização das Olimpíadas de Língua Portuguesa e Literatura, registando-se uma adesão inferior à de anos letivos anteriores.
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Ler maisSentados numa cadeira, com um rebuçado na boca a acompanhar um café, um chá ou simplesmente um copo de água e com o ligeiro som do rio Fervença a atravessar as pared...
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A ideia surgiu devagar e com pouca solidez, mas rapidamente se foi tornando cada vez mais apelativa e consistente e a Andreia e a Telma puseram mãos ao trabalho e iniciaram o processo de candidatura a uma bolsa para estudar no Reino Unido. E foram bem sucedidas. Em setembro, em vez de iniciarem o último ano na Abade de Baçal, fizeram o “check-in” no aeroporto e rumaram até terras de sua majestade para frequentarem o ano zero, “foundation year” dos cursos de fisioterapia e engenharia aeroespacial. E gostaram da experiência.
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Faltaram 7 votos para a Lista O concretizar o sonho de liderar a Associação de Estudantes, sentindo pela segunda vez o desalento no final de um intenso dia de eleições. O OP quis conhecer dar a palavra a estes jovens para saber quem são, como reagiram e como interpretam o percurso que fizeram.
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O Centro de Ciência Viva de Bragança foi fundado no dia 30 de junho de 2007, no local onde, durante a Primeira Guerra Mundial, esteve instalada uma central hidroelétrica. A coordená-lo está Ivone Fachada com quem o Outra Presença esteve à conversa sobre a coordenadora, o centro e a ciência.
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Ler maisTudo começara numa tarde serena. Mais outra tarde de leitura de um jornal banal recheado de notícias banais que eu já tinha lido em inúmeros outr...
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No dia oito de março decorreu a Fase Municipal do Concurso Nacional de Leitura num modelo totalmente remoto, adaptado à realidade da pandemia que atravessamos, com a participação dos vinte e quatro alunos vencedores da Fase Escolar dos Agrupamentos do concelho brigantino. Esta sessão foi organizada pelo Município de Bragança, numa iniciativa do Plano Nacional de Leitura, em articulação com a Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas e a Rede de Bibliotecas Escolares. Em cada nível de ensino foram apurados quatro vencedores, os quais irão representar o Concelho de Bragança na Fase Intermunicipal em Vila Flor no dia 22 de abril.
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O livro que li intitula-se “O Japão é um Lugar estranho” e tem como escritor o australiano Peter Carey. Peter Philip Carey é um escritor, jornalista e roteirista australiano que venceu o Prémio Booker dois vezes, em 1988, com a obra “Oscar and Lucinda”, e ,em 2001, com o romance histórico “True History of the Kelly Gang”. Esta obra despertou a minha atenção, não só pelo título, mais precisamente a referência ao país nipónico, mas também pela expressão “lugar estranho”.
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O livro “Se Isto é um Homem” de Primo Levi foi publicado em 2013, pela editora Publicações Dom Quixote, traduzido por Simonetta Neto e insere-se na categoria de memórias. Este deu origem à peça teatral com o mesmo nome produzida pela Companhia de Teatro de Almada.
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Não é por acaso que Gabriel Márquez foi considerado o pai do realismo mágico e foi vencedor de um prémio Nobel.
É quase impossível descrever este livro em tão poucas linhas. À primeira vista, parece retratar apenas a história das sete gerações da família Buendía e sua vida numa cidade fictícia denominada de Macondo.
Todavia, à medida que avançamos na leitura é que nos damos conta da obra que temos em mãos. Não só pela sua linguagem clara, pelo seu enredo muito bem construído, na medida em que não há “pontas soltas” e pela leveza de leitura, mas também em função das personagens fortes e temáticas abordadas.
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A Rádio (recurso tecnológico de telecomunicações) tem servido com frequência como um instrumento de de “correção nacional”.
Essa sua função dá-se através de vários métodos, como transmissão de críticas, mensagens e entrevistas/discussões. No entanto, a rádio ganhou esse estatuto de “corretora” recorrendo principalmente ao humor, à paródia, à ridicularização. Isto, porque essas características são cativantes e porque é a rádio que nos acompanha diariamente nas nossas deslocações rotineiras.
É habitual lembrarmo-nos de personagens famosas da banda desenhada e dos filmes de animação. Nomes como Super-homem Homem-Aranha, Tintim, Ric Hochet e Geronimo Stilton são algumas dessas personagens. Mas, o que têm elas em comum para surgirem juntas e o que as trouxe a esta edição especial do jornal “Outra Presença”? O jornalismo é a profissão que as une e justifica a sua presença na edição comemorativa dos 25 anos do Outra Presença.
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As cantigas de escárnio e maldizer são provenientes da Idade Média e fazem parte do gênero literário denominado trovadoresco .Foram exaradas, assim como todos os textos populares da época, em galego-português. Estas, apesar de serem satíricas, ou seja, ambas têm a intenção de criticar alguém de forma depreciativa, distinguem-se pela maneira como são escritas. Uma faz alusão clara e direta à pessoa que critica- cantigas de maldizer- e a outra é feita de modo indireto e com uso de palavras com duplo sentido – as cantigas de escárnio.
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A obra "Os Maias" foi publicada em 1888, ano em que, curiosamente, nasceu Fernando Pessoa. Trata-se de um romance, uma vez que constitui uma narrativa de grande extensão com um número muito elevado de personagens, apresentando uma ação muito extensa que decorre em vários espaços e ao longo de várias décadas.
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Depois de Seul, Los Angelas e Sidney, foi a vez do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança, ser o anfitrião das 4000 figuras que constituem a exposição de Zadok Ben-David, “People I saw but never met”, dispostas pelos dois pisos ocupados pela mostra, que esteve patente ao público entre 19 de junho e 20 de outubro, integrada na segunda edição do evento “Terra(s) de Sefarad - Encontros de culturas Judaico-Sefardita”, que decorreu em Bragança entre os dias 19 e 23 de Julho, depois do sucesso da primeira, em 2017.
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No mês de outubro, tivemos a oportunidade de usufruir de uma visita guiada à intensa exposição “Disruptive order” da israelita Dvora Morag, com a presença da artista, o que intensificou o clima emotivo aí presente.
A exposição retrata momentos de inquietação e tensão da infância da própria artista, decorrentes dos relatos dos pais polacos que viveram o drama dos campos de concentração de Auschwitz, durante o holocausto e da guerra de Israel da qual Dvora se recorda, acontecimentos que a terão profundamente marcado e influenciado esta obra. No entanto, as referências para qual cada elemento aponta não se esgotam nestes acontecimentos, antes se projetam na própria história da humanidade feita constantemente de momentos de tensão que alternam com os de encontro e harmonia.
Assim, tendo a exposição vários focos de inspiração, há uma multiplicidade de significados patente em cada elemento presente no museu. É, por isso, dada uma grande importância à interpretação pessoal de cada pessoa, tendo sido da preocupação da artista não explicar diretamente o significado das peças ao público, mas levá-lo a sentir.
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Rafael Bordalo Pinheiro revelou não se importar com o facto de poder vir a ser censurado e sempre desenvolveu as suas obras de maneira muito expressiva nesse sentido. Parte do seu trabalho está exposta no Museu Bordalo Pinheiro, em Lisboa, e continua, ainda, hoje a ser tema de conversa pela intensidade das suas críticas.
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No dia 6 de março, no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, foi-nos apresentada a exposição “Ritos da Memória”, comemorativa dos 40 anos de carreira da autora da exposição, Graça Morais. Através desta exposição, tivemos mais uma vez contacto com a importância que a pintora dá à mulher nas suas obras. E não é uma mulher qualquer, é a mulher que ela conhece e desde sempre e que pretende homenagear, uma mulher peculiar e distinta das outras, a mulher transmontana.
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Ler maisTodos os dias ouvimos falar de alergias e de que alguém está a sofrer com alergias. Mas afinal o que são alergias e como é que as células do nosso sistema imunitário interagem?
No dia 7 de Fevereiro, no Agrupamento de Escolas Abade de Baçal realizou-se a primeira eliminatória da Olimpíadas da Biologia, desafio destinado aos alunos do ensino secundário, ao qual responderam 33 alunos dos 11º e 12º anos.
Tiago Rodrigues, Gonçalo Waddington e Isabel Abreu são os rostos de um projeto que dá protagonismo aos censores para os retirar das sombras onde se ocultaram durante anos e mostrar o pensamento que justificou o corte e proibição de tantas peças de teatro durante o período do Estado Novo. Construída a partir da colagem de frases dos censores, “Três dedos abaixo do joelho” é um retrato bem humorado e cáustico da censura em Portugal, que percorre as salas de espetáculo do país. A sua riqueza resulta, ironicamente, da importância que a ditadura lhe dava: “Politicamente, só existe aquilo que o público sabe que existe”. O teatro era perigoso pelo forte potencial de contágio que possuía e possui.
Uma peça que é, por isso, uma homenagem a todos quantos sofreram a ação dessa censura e cujos textos ecoam nesta peça: Sttau Monteiro, Bernardo Santareno, Brecht são alguns desses nomes. Bragança recebeu-a calorosamente no dia 2 de Fevereiro.
Outra Presença: Como surgiu a ideia desta peça?
Tiago Rodrigues: No jornal Público, a certa altura, em 2005, saiu a notícia de que o arquivo da censura dos textos dramáticos, escritos durante a ditadura, estava disponível na torre do Tombo. Ao fim de trinta e tal anos, tinha sido tornado público e eu resolvi visitar, por curiosidade. Mas, quando comecei a ler, sobretudo os relatórios dos censores, aquilo que diziam sobre o teatro, achei interessante fazer uma peça a partir daquele arquivo. Não sabia ainda muito bem como, mas sabia que havia ali muito material. O que me interessava era o pensamento por trás das afirmações, das decisões, dos relatórios. Foi logo aí que surgiu a ideia, ainda que tenha demorado algum tempo a concretizá-la.
OP: O título surgiu a partir de uma frase utilizada pelos censores. Por que razão escolheu esta frase e não outra?
TR: Três dedos abaixo do joelho era a medida da saia que as atrizes podiam utilizar. Escolhi essa frase porque associa-se censura no teatro habitualmente às restrições linguísticas e afirmações políticas. Na realidade, aquilo que eu percebi do arquivo foi que a esmagadora maioria da censura era moral. Não quer dizer que a censura moral não seja política também, mas não visava questões ideológicas, mas sim questões como a liberdade, neste caso, da mulher, e o direito à livre expressão, no que tocava a poder criticar e dar uma opinião. Achei que este título representava, por um lado, a censura moral e sexual e, por outro, uma censura específica do teatro, tinha a ver com o figurino da atriz e mostrava uma restrição extremamente precisa e absurda. Porquê três e não quatro dedos? Servia para quantificar o que não podia ser dito nem que fosse de forma absurda. Achei, por isso, que era uma das expressões que podia dar origem ao título da peça, como muitas outras usadas pelos censores.
OP: Como foi a experiência de mergulhar nesses arquivos? O que sentiu? A quantidade enorme de documentos não o desmotivou?
TR: Todas as obras artísticas, se nós formos sérios, são trabalhosas e há momentos em que nos apetece desistir. Isso acontece quer tenham ou não pesquisa documental. Nesta peça é mais notório esse trabalho, porque é evidenciada toda a documentação envolvida. Em qualquer espetáculo, o trabalho é proporcional ao prazer e este deu-me prazer suficiente para continuar a pesquisa, o que resultou em nove meses em viagens à Torre do Tombo. Esta experiência foi para mim uma descoberta. De certa forma, permitiu-me conhecer um lado da história do meu país num setor específico, o teatro, e descobrir muitas coisas que não sabia, o que me surpreendeu e fascinou. Tudo o que é representado nesta peça era revelado apenas nos relatórios enviados ao inspetor-chefe. Aos artistas era apenas dada a decisão final, logo eles desconheciam os argumentos usados para que a sua peça fosse cortada ou impedida de subir ao palco.
OP: Uma das perguntas que os censores colocavam era “Qual é a verdadeira intenção do autor?”. E, nesta peça, qual é a verdadeira intenção do seu autor?
TR: Há várias intenções nesta peça. Por um lado, pretende-se pegar num discurso representativo de uma época bem conhecida do povo português e mostrar esse discurso a esse mesmo povo. Embora sejam discursos de outros tempos, relacionam-se com a situação atual – isto é uma intenção, de certo modo, provocatória. Quando peguei nestes documentos associei-os imediatamente à atualidade.
Por outro lado, é também uma homenagem aos censurados pelos riscos que correram sem ceder, arriscando as suas carreiras, os seus empregos, e a própria vida em prol de umas meras palavras. Só de pensar nisso, sinto uma enorme dívida de gratidão. Até posso não concordar com o seu ponto de vista, mas eu tenho o direito de discordar e eles têm o direito de ter essas ideias. Eles mostraram isso através da sua arte. Carmen Dolores, por exemplo, só soube ao assistir a esta peça os motivos porque algumas propostas dramáticas suas foram recusadas.
Além de tudo isto, há uma terceira razão, talvez não a mais nobre, mas que foi aquela que mais me motivou a continuar: há aqui implícita uma vingança, que é transformar os censores em dramaturgos, passando aqueles que impediam a liberdade do teatro a alguém que faz esse teatro acontecer num palco. Apesar de tudo, no momento em que comecei a produzir teatro, estas razões perdem a sua importância, e ganha mais relevo o facto de ter e fazer parte duma equipa que acredita no trabalho que está a ser feito.
OP: Qual acha que é a função do teatro hoje em dia? Continua a ser uma “arma” perigosa como era considerada pela censura?
Gonçalo Waddington (GW): Eu acho que nós temos uma obrigação de arriscar, nem que seja perigoso para nós. Com isto quero dizer que é um risco de criação. Eu olho à minha volta e acho que há razões para sermos políticos de alguma forma. Quando eu digo político, não me refiro a política no sentido literal, mas sim ter uma opinião formada. O próprio facto de fazer teatro hoje pode ser considerado politicamente tendencioso...
OP: E isso pode ser considerado censura?
GW: Claro que sim! A censura hoje em dia é muito mais perigosa, pois não é tão visível como nos tempos da ditadura. O facto de hoje a sala ter estado cheia leva-nos a concluir que continua a haver razões para fazer teatro. O simples facto de o teatro tentar subsistir com as condições que hoje existem e com todas as dificuldades que a cultura atravessa já é um ato de rebeldia. Neste aspeto é um perigo, pois o teatro tem poder suficiente para criticar e conseguir passar esta crítica ao público.
OP: Os países têm muitas vezes dificuldade em ultrapassar épocas negras da sua história. Nós também temos uma dessas épocas e a censura existente no teatro é prova disso. Acha que o nosso país já conseguiu ultrapassar este período da sua história?
GW: Generalizar é complicado. Acho que tem a ver com a capacidade de compreensão de cada um, de acordo com a informação que está à sua disposição. Há muita gente que não fazia ideia da censura a que a cultura estava sujeita. Tinham ouvido falar da censura, mas era algo abstrato. Não a associavam a censores. Pelo menos nós, na nossa área, no nosso círculo de amigos. As pessoas sabem, mas é difícil avaliar, pois não há muita informação. Temos dois grandes traumas – a ditadura e, associada a ela, a guerra colonial. Não tivemos um processo de debate e de reconciliação. Tivemos aquilo que sempre se fez e se continua a fazer: depois da morte de Salazar e da ditadura considerou-se a situação resolvida. Talvez essa falta de reflexão explique a situação atual: Portugal é um país de impunidade total, sabe-se que a corrupção e os corruptos existem, mas continuam soltos.
OP - O que falhou então?
GW - O que sempre falhou na democracia (e em 2014 ela faz 40 anos, logo não podemos continuar a justificar o presente referindo que o problema reside nas marcas que a ditadura deixou) é que ainda não colocámos a informação toda na mesa.
Por isso, é que é muito importante pesquisar na Torre do Tombo e encontrar entre esse passado milhares de peças que não chegaram a ser representadas.
TR - Houve uma equipa de duas ou três pessoas que analisou 9000 documentos. Os outros dois terços de arquivos que contêm documentos censurados estão nas mesmas caixas no Palácio Foz, onde funcionava o SNI - Sistema Nacional de Informação - nunca foram abertas e têm quase cinquenta anos. Não se investe no estudo da nossa história recente.
Acredito que muitos dos problemas do país resultam do desconhecimento da nossa história. Mesmo que quiséssemos saber, e não estamos programados para querer, pois tudo nos empurra para casa, para a televisão e para o comando, para o mínimo de conhecimento e para o máximo de entretenimento, não há interesse político em que isso seja falado. Nunca houve um processo organizado que visasse a compilação e organização da informação. Veja-se o caso de África do Sul, um dia depois da libertação de Mandela, os Tribunais de Reconciliação iniciaram o processo.
OP: Na peça é referido que o teatro é mais perigoso que o cinema. É mesmo assim?
TR: O teatro permite a interação com o público, um texto no palco é imediatamente uma mensagem. Hoje, por exemplo, houve pessoas que intervieram e os atores reagiram a essa intervenções. O cinema tem outro poder, conduz as pessoas para outra dimensão.
OP: Acha que o teatro imita a vida ou é a vida que imita o teatro?
TR: O teatro baseia-se na vida, mas para poder acontecer apela à imaginação.
OP: Acha que os portugueses têm bagagem cultural para compreender a mensagem do teatro como diziam os censores?
GW: O português não tem bagagem suficiente, ponto. Os censores escudavam-se no público como os programadores de televisão também o fazem. “Eu não deixo os meus filhos verem a casa dos segredos, mas é o que os portugueses querem.” Argumentam que é o programa mais visto, mas não dizem que isso acontece porque é aquele que passa em horário nobre e no qual é feito um maior investimento.
Isabel Abreu (IA) - Parece que não há uma verdadeira vontade de dar às pessoas a opção de escolha. O público educa-se e os portugueses não são exceção. Isto implica muito trabalho e esforço, que se inicia no âmbito escolar. Não acredito que o povo português seja diferente. Temos é que apostar. Muitas pessoas defendem que é uma tarefa impossível, e com esta desculpa evitam envolver-se. É esta atitude conservadora típica do nosso país que não fomenta a mudança.
TR: Está na constituição portuguesa que o governo tem a obrigação de apoiar a cultura, em todos os domínios. São princípios básicos da democracia ocidental que não são respeitados pelos nossos políticos. O que se vê hoje em dia é uma sobreposição de valores económicos a valores culturais e morais. Não basta incutir estes princípios, é preciso viver de acordo com eles e respeitá-los.
OP: Acha que o objectivo da arte se perdeu e que esta é vista apenas como um fundo de lucros?
IA - A arte não tem muita importância para a maioria das pessoas. Estou convencida de que o desaparecimento desta não iria interferir na vida da maior parte da população. É importante não esquecer que nem sempre foi assim. Até há pouco tempo existiam cinemas ambulantes e inúmeras companhias de teatro amador e as pessoas apoiavam estas iniciativas. Uma das iniciativas que mais sucesso tem tido é o Plano Nacional de Leitura que me parece tem tido resultados positivos na educação dos alunos para a leitura.
TR: No entanto, é de salientar que não há exigência de hábitos de leitura, não há exigência de hábitos culturais.
OP: Normalmente, a mudança do vestuário e dos elementos cénicos é feita atrás do pano. Qual é a intenção nesta peça ao fazer esta mudança à vista do público?
TR: Por um lado, para criar proximidade. No entanto, não há uma verdadeira intenção definida. De certa forma, cria transparência, mostra o que se pensa e o que acontece. É um espectáculo que mistura num só espaço os bastidores e o palco, o que é visto e o que não é visto, não tanto para mostrar os bastidores, mas mais para mexer com a percepção e a forma como as pessoas normalmente veem as coisas.
GW: Não há uma mensagem que esteja a ser veiculada. Não é o que vemos, o que ouvimos, mas sim o que pensamos que estamos a ver e a ouvir. Há uma vontade de levar o público a reflectir sobre isso.
IA: A peça acaba por ser a nossa própria interpretação dos relatórios mostrados, que poderiam ter várias interpretações.
GW: Os figurinos são peças do Teatro Nacional, acabando por contar um pouco da história do teatro. Não de uma forma organizada nem pedagógica, de certa forma até caótica, tornando-se numa espécie de “montanha” de desperdícios de outras peças da história do Teatro Português.
OP: Novos projectos?
TR: Imensos! Vou estrear uma nova peça, em Lisboa, chamada “Entrelinhas”, escrita por mim, um monólogo. Está também no ar a série “Odisseia”no qual todos nós (os 3 presentes) participamos.
OP: Onde gostariam de ter estado no 25 de Abril?
TR: No largo do Carmo, com uma espingarda na mão, do lado do Salgueiro Maia.