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Rui Gonçalves, adjunto da Direção do Agrupamento de Escolas Abade de Baçal, foi convidado a dar uma entrevista sobre o projeto Erasmus+, uma das mais valias desta instituição de ensino.

Como explicaria a uma pessoa que nunca ouviu falar em Erasmus, o que isso é?
Explicaria de forma muito fácil. O Erasmus é um projeto europeu financiado por fundos europeus, da responsabilidade da comissão europeia que se destina a permitir que os alunos tenham a sua formação não apenas na sua escola de origem ou de residência, mas em qualquer escola da União Europeia. Isto é uma oportunidade única para trocar experiências, conhecer novas escolas, novas pessoas, novos alunos, novos professores e sem ter um custo financeiro muito grande ou muito expressivo, pelo que todas as pessoas podem participar.

 

Quais os objetivos essenciais para os projetos Erasmus?
Os objetivos são muitos. Os objetivos essenciais é permitir que haja de facto essa troca de experiências e de que os alunos sejam capazes de relativizar e de perceber as coisas em que as escolas são boas e naquilo em que as suas escolas não são tão boas; saibam apreciar outras formas de aprender e de ensinar e que com isso possam progredir na sua vida, enquanto alunos e estudantes.
Para além disto, um dos objetivos fundamentais é que as pessoas conheçam outras culturas, outros patrimónios, outros monumentos, outros modos de organizar o dia a dia das pessoas, porque nós de facto também contactamos com o dia a dia dos países que visitamos o qual muitas vezes é um bocadinho diferente do nosso e isso permite-nos perceber que podemos também fazer as coisas um pouco diferentes às vezes.

 

Quais as vantagens dos projetos Erasmus?
As vantagens são enormes. Acho que é uma experiência inesquecível, todos os alunos que participam nunca mais se esquecem de que participaram, nem aqueles países e aquelas escolas. Às vezes conseguem relações de amizade que perduram muito para além dos projetos. E, portanto, no fundo o projeto Erasmus abre os horizontes das pessoas para além das fronteiras nacionais, ou seja, quando se participa num projeto Erasmus ou quando se vai numa mobilidade ou outra fica-se com contactos, com uma experiência em toda a Europa, porque de facto nós vamos muito longe às vezes, e então o mundo das pessoas alarga-se bastante, essa é a principal vantagem.

 

Qual é o motivo para cada projeto Erasmus estar subordinado a um tema?
Atualmente isso já não acontece. Primeiro, os projetos estavam subordinados a um tema que era escolhido pela a escola que coordenava o projeto e depois pedia a colaboração de outras escolas que se queriam associar a essa temática e a esse trabalho.
Mas, neste momento, já não há essa fórmula, digamos assim, para aceder a projetos Erasmus. Atualmente funciona a acreditação, que é um projeto de médio-longo prazo, são sete anos, que a escola tem e, portanto, há um conjunto de objetivos que estão nessa acreditação e que são válidos para os sete anos de duração do projeto.

 

Quais os argumentos que utilizaria para convencer alguém a participar numa mobilidade?
Não é preciso usar muitos argumentos, normalmente às pessoas que querem ir não é necessário explicar-lhe as vantagens, porque elas já sabem. Felizmente na nossa escola há muitos alunos que já tiveram algumas experiências Erasmus e esses são a melhor publicidade para este tipo de coisas, porque temos muita gente que quer ir. Este ano letivo, nós mobilizámos mais de setenta alunos, que é um número bastante significativo, para o número de alunos que nós temos, por exemplo, no secundário que é para essa faixa etária que maioritariamente dirigimos os projetos.
E, portanto, não é necessário convencer porque as pessoas de facto já perceberam que é uma experiência incrível, é conhecer novas escolas, novas pessoas, novos países e ainda por cima sem gastar muito dinheiro, isso é suficiente para as pessoas se entusiasmarem a ir.

 

Quais os conselhos que daria a quem vai numa mobilidade Erasmus?
O mais importante é que abarquem a experiência com toda a energia do mundo e que consigam tirar partido dela a duzentos por cento, ou seja, que estejam disponíveis para aprender, para participar, para se juntar às atividades que as escolas propõem, para se juntar às festas, às refeições, às coisas todas que são doutras culturas, as quais às vezes para nós são muito estranhas e até difíceis de aceitar ou de digerir porque não estamos habituados àqueles sabores, àqueles cheiros, mas tudo isso faz parte. São novas experiências da nossa vida que são fundamentais para progredirmos e para abrirmos novos horizontes que é o que se pretende.

 

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