Entre os dias 28 de maio e 5 de junho, o Agrupamento de Escolas Abade de Baçal recebeu 20 alunos e 3 docentes polacos, de uma escola de Bydgosczc,no âmbito do projeto “A Tour Around Europe”, concretizando, assim, a primeira mobilidade constante do mesmo e proporcionando a todos os envolvidos de ambos os países importantes momentos de partilha e construção de conhecimento através de visitas e atividades de enriquecimento global.
Assim, iniciando a sua visita pelo Porto, a segunda maior do país, os participantes conheceram alguns dos espaços mais emblemáticos da cidade que é um exemplar do barroco português. O percurso pelo Passeio Alegre, pela Foz e Castelo do Queijo mostrou-lhes a beleza das praias do litoral e a força e beleza do Oceanp Atlântico e culminou no coração verde da Invicta, o Parque da Cidade, onde puderam apreciar a beleza e riqueza da zona marítima e da variedade de flora e fauna da região.
Seguidamente, o olhar passou pela Boavista, Casa da Música e Palácio de Cristal, mas foi no centro histórico, Património Mundial da Unesco, que se encantou. Deleitou-se com os azulejos e riqueza interior da Igreja do Carmo, surpreendeu-se com a visita à Casa Escondida e regalou-se na surpreendente e icónica Livraria Lello, na impactante Torre dos Clérigos, obra de Nicolau Nasoni, no Museu e Igreja dos Clérigos, no pendor descritivo dos azulejos da Estação de São Bento, na solenidade da Sé do Porto, no cenário pitoresco da Ribeira.
Além disso, para uma curta visita a Vila Nova de Gaia, percorreu-se a ponte D. Luís e presentearam-se também outros sentidos na visita guiada às caves Burmester, na prova realizada na casa do Pastel de Bacalhau e, regressando ao Porto, após a íngreme subida das escadas dos Guindais, o almoço, apresentou a incontornável francesinha.
Também em Bragança foram variadas as atividades. Após as apresentações da escola e do sistema educativo de cada país, os alunos e docentes realizaram a exploração e de reconhecimento da escola e da cidade, através de uma atividade gamificada, com recurso ao digital, exploraram a arte e a cultura nacionais e regionais, nas visitas ao Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, onde puderam refletir sobre o modo como os artistas se relacionam com a realidade e como a arte pode questionar o Homem e também ajudá-lo nas respostas que procura, ao Centro de Interpretação Sefardita, que ilustra a influência judaica na região e homenageia esse povo tantas vezes oprimido, ao Museu da Máscara e do Careto, que orgulhosamente mostra algumas das mais famosas tradições da região, ao Centro de Fotografia Georges Dussaud. Fotógrafo francês, que se encantou com a região e expõe através das fotografias o olhar sobre o espaço, as atividades agrícolas e os seus agentes, à aldeia de Podence e ao Museu do Careto, Património Imaterial da Humanidade, onde puderam compreender o significado desta entidade e observar a beleza da sua combinação cromática. Exploraram, também, o ambiente natural e respetivos ecossistemas, através da visita ao Azibo e ao Geoparque de Macedo de Cavaleiros e da visita ao Centro Ciência Viva, onde, numa conjugação de atividades de campo e laboratoriais, exploraram o habitat do rio Fervença.
Finalmente, participaram num workshop de reciclagem de cápsulas de Café, procurando contribuir para a sustentabilidade do Planeta e para atitudes ecologicamente mais responsáveis, e numa sessão Ubuntu, para sensibilizar o ser humano a refletir sobre si e sobre a sua relação com o outro.
Finalmente, o grupo visitou a capital portuguesa, onde pode apreciar a rusticidade e o pitoresco da zona histórica, percorrendo o Bairro Alto, o Rossio e o Chiado, e a monumentalidade que assinala os Descobrimentos Portugueses, visitando o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém e o Padrão dos Descobrimentos. A imprescindível prova do Pastel de Belém coroou gastronomicamente a visita a Portugal.
Foi, portanto, um intercâmbio riquíssimo, com atividades variadas que permitiram aproximar os dois povos e fortalecer laços de amizade e respeito pelas diferenças culturais que nos aproximam. Os participantes conheceram costumes diferentes, desenvolveram a sua competência linguística, já que a língua usada foi o inglês, e a sua sensibilidade artística, através do contacto com formas de arte variadas, refletiram sobre a condição humana e as diversas formas de a expressar e compreender, exploraram diferentes espaços, analisando a sua especificidade arquitetónica, gastronómica, artística, linguística, natural, social e cultural e refletindo sobre o seu potencial turístico.
