(Entra Beatriz ) Beatriz: - (revoltada) Aiii... pensava que a habitação era um direito de abril, mas parece que se transformou numa patuscada de vis...
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Ler maisNo dia 28 de maio de 2021 realizaram-se, a convite da disciplina de EMRC, duas palestras sobre o tema da shoá (holocausto) dirigidas a alunos do 6.º,...
Ler maisE tudo começou hoje. Foi-nos restituída a liberdade roubada, mutilada e assassinada, a liberdade que todos ansiávamos como se de repente se desatasse ...
Ler maisApesar da sua juventude, são vários os nomes de crianças e jovens que resolvem fazer-se ouvir e defendem causas que visam a criação de um mundo mais j...
Ler maisA abertura oficial do ano letivo foi complementada com a já habitual cerimónia de entrega dos diplomas de conclusão do ensino secundário e de mérito ...
Ler maisSe fosse vivo e se fosse possível viver tantos anos, teria feito, no dia 9 do passado mês de abril, 150 anos. Falamos de Francisco Manuel Alves, mais ...
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Ler maisNo dia 12 de maio, foi realizada, pelas turmas A, B e C do 8º ano de escolaridade, uma atividade subordinada ao tema “Proteção e Conservação da Nature...
Ler maisNo dia 21 de março, no âmbito da disciplina de ciências naturais, as turmas de 8º ano realizaram uma atividade relacionada com os dias Mundial da Flor...
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Ninguém gosta de morrer na praia. É como se tivéssemos conquistado tudo e, de repente, deitássemos esse tudo a perder. Por outro lado, cumprir regras também não é a nossa praia, embora desta vez tenhamos alcançado uma proeza qual surfista que enfrenta uma onda gélida e gigante.
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O coelhinho da Páscoa
Até que enfim! Já temos uma data, um marco, uma baliza que nos remete para o início do desconfinamento. É irrelevante se já existe um planeamento, se já se está a estudar o calendário, se é faseado ou repartido em amplas ou minúsculas fatias. Até que enfim!
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A pandemia levou a uma mudança drástica nos nossos hábitos. O facto de termos de passar mais tempo em casa e de utilizarmos o mesmo espaço para trabalhar, estudar, ter aulas, fazer exercício físico e relaxar levou a população a ter de se reinventar e adaptar.
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As vacinas indevidas
Já deram origem a demissões
Continuamos a fazer parte do problema
E nunca das soluções
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Atualmente, têm-se verificado uma rápida ascensão do digital, em virtude das consequências da pandemia da COVID-19 que estamos a atravessar. Deste modo, as novas tecnologias auxiliaram o dia a dia, permitindo uma melhor adaptação às novas condições.
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A pandemia trouxe várias alterações na forma como as pessoas constroem as suas relações interpessoais, sendo uma delas o aumento do uso das redes sociais como forma de comunicação.
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Põe a vacina no congelador
Assim entra sem dor
Tem 100% de eficácia
Não é nenhuma falácia.
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Com a chegada da pandemia de COVID-19 houve a necessidade de diversas mudanças. O mundo teve de se reinventar e encontrar soluções inovadoras das mais variadas formas, nomeadamente ao nível da cultura.
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“A nova realidade”
Um vírus desconhecido
Abalou o universo
Trouxe insegurança e medo
E um continuar incerto
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No dia 23 de novembro, a turma de Química de 12º ano fez uma visita de estudo aos laboratórios de engenharia mecânica da ESTIG com o objetivo de aprofundar os seus conhecimentos em relação ao novo modelo de produção industrial de moldes em impressoras 3D (três dimensões).
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A União de Freguesias da Sé, Santa Maria e Meixedo propôs à área disciplinar de História a realização de um evento evocativo da I Guerra Mundial. Esta proposta revelou-se irrecusável, pois era a possibilidade de proporcionar aos alunos do Agrupamento, nomeadamente aos do 9.º ano, uma aula de história diferente, uma história viva.
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O Teatro Municipal de Bragança celebra este ano 10 anos, 10 anos a dar espectáculo e a enriquecer culturalmente a nossa cidade.Para tal, e como é um ano de aniversário, no dia 13 de Setembro realizou-se o lançamento do livro “Teatro Municipal de Bragança – 10 anos”, que assinala todo o percurso desde a abertura do Teatro até aos dias de hoje, e à noite decorreu a estreia absoluta do espetáculo “Abade – a história de um Homem que andava a pé”, um projeto de parceria entre a comunidade brigantina e a Companhia de Teatro da Garagem, com a direção de Carlos Pessoa.
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O Município de Bragança promoveu, pela primeira vez, a Semana da Juventude 2014 – A Saúde Mental Importa –, de 5 a 12 de agosto, em estreita colaboração com o Instituto Português do Desporto e Juventude de Bragança, entre outras entidades, dedicada inteiramente aos jovens, pois é decisivo o investimento nesta população.
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Albino Falcão, professor de português e francês na Escola Abade Baçal, encantou os alunos mais jovens do agrupamento com a sua visita, relacionada com o seu livro “A Grande Aventura do Ricardo Golfinho”.
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A leitura de histórias no recreio é realizada com e para alguns alunos do 1º ciclo da escola Augusto Moreno, desde o ano letivo transato, durante os intervalos.
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No passado dia 8 de janeiro, algumas turmas do nono e do décimo anos assistiram a uma palestra relacionada com o tema “Tráfico Humano”. Foi no final da manhã que uma plateia atenta ouviu a Irmã Julieta Dias, que quis alertar os mais jovens acerca dos perigos que correm relativamente aos diferentes tipos de tráfico e o que deve ser feito para os evitar.
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No dia 8 de janeiro, ao final da manhã, no auditório do Agrupamento, a irmã Maria Julieta, membro da Comissão de Apoio às Vítimas de Tráfico de Pessoas (CAVITP), conduziu uma palestra sobre Tráfico de Seres Humanos (TSH), na qual participaram alunos de várias turmas do 9.º Ano e Ensino Secundário.
Ler maisOs alunos de 4º ano, da escola Augusto Moreno, viveram intensamente uma semana dedicada à ciência, cujas temáticas despertaram o interesse e a curiosidade dos mesmos...
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As palavras de José Saramago ecoaram na Biblioteca da escola sede do Agrupamento de Escolas Abade de Baçal, na noite de 17 de novembro.
Associando-se às comemorações do centenário do escritor, os alunos e docentes do 12º ano organizaram o encontro “Todas as Palavras”, convidando os restantes membros da comunidade educativa a participar no evento.
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Orlando Rodrigues é licenciado em Engenharia Agronómica – Economia dos Recursos Naturais, pela Universidade Técnica de Lisboa e doutor em Engenharia Agronómica pela mesma Universidade. É docente da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança, na área disciplinar de Economia Agrária e Sociologia Rural. Foi presidente da Sociedade Portuguesa de Estudos Rurais, de 2003 a 2007. E de 1999 a 2005 foi presidente do Conselho Diretivo da Escola Superior Agrária do IPB. De julho de 2006 até 11 de julho de 2018, assumiu a vice-presidência do IPB, foi nesta data que se tornou Presidente do IPB. Atualmente, é Vice-Presidente do Parque de Ciência e Tecnologia “Brigantia-EcoPark”.
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O Parque de Ciência e Tecnologia “Brigantia-EcoPark”, localizado na Avenida Cidade de Léon, em Bragança, foi lançado em março de 2012, com a perspetiva de, numa década, criar 480 postos de trabalho e atrair 110 empresas, com um investimento de 9,5 milhões de euros, tendo a inauguração ocorrido três anos depois. Este espaço é apontado como um caso exemplar, pois apesar de ser o mais periférico da rede PortusPark, ultrapassou as melhores expetativas que eram apontadas quando foi inaugurado.
Hernâni Dias é, desde 2013, Presidente da Câmara Municipal de Bragança. No âmbito das funções de autarca desempenha vários cargos em associações, fundações, empresas municipais e intermunicipais, e entidades de cooperação transfronteiriça e transnacional. Destaca-se, aqui, o papel de Presidente do “Brigantia-EcoPark”.
No dia um de março de 2019, a partir das dez horas e vinte minutos, realizaram-se no auditório da escola secundária Abade de Baçal duas sessões d...
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Ler maisTudo começara numa tarde serena. Mais outra tarde de leitura de um jornal banal recheado de notícias banais que eu já tinha lido em inúmeros outr...
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No dia oito de março decorreu a Fase Municipal do Concurso Nacional de Leitura num modelo totalmente remoto, adaptado à realidade da pandemia que atravessamos, com a participação dos vinte e quatro alunos vencedores da Fase Escolar dos Agrupamentos do concelho brigantino. Esta sessão foi organizada pelo Município de Bragança, numa iniciativa do Plano Nacional de Leitura, em articulação com a Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas e a Rede de Bibliotecas Escolares. Em cada nível de ensino foram apurados quatro vencedores, os quais irão representar o Concelho de Bragança na Fase Intermunicipal em Vila Flor no dia 22 de abril.
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O livro que li intitula-se “O Japão é um Lugar estranho” e tem como escritor o australiano Peter Carey. Peter Philip Carey é um escritor, jornalista e roteirista australiano que venceu o Prémio Booker dois vezes, em 1988, com a obra “Oscar and Lucinda”, e ,em 2001, com o romance histórico “True History of the Kelly Gang”. Esta obra despertou a minha atenção, não só pelo título, mais precisamente a referência ao país nipónico, mas também pela expressão “lugar estranho”.
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O livro “Se Isto é um Homem” de Primo Levi foi publicado em 2013, pela editora Publicações Dom Quixote, traduzido por Simonetta Neto e insere-se na categoria de memórias. Este deu origem à peça teatral com o mesmo nome produzida pela Companhia de Teatro de Almada.
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Não é por acaso que Gabriel Márquez foi considerado o pai do realismo mágico e foi vencedor de um prémio Nobel.
É quase impossível descrever este livro em tão poucas linhas. À primeira vista, parece retratar apenas a história das sete gerações da família Buendía e sua vida numa cidade fictícia denominada de Macondo.
Todavia, à medida que avançamos na leitura é que nos damos conta da obra que temos em mãos. Não só pela sua linguagem clara, pelo seu enredo muito bem construído, na medida em que não há “pontas soltas” e pela leveza de leitura, mas também em função das personagens fortes e temáticas abordadas.
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A Rádio (recurso tecnológico de telecomunicações) tem servido com frequência como um instrumento de de “correção nacional”.
Essa sua função dá-se através de vários métodos, como transmissão de críticas, mensagens e entrevistas/discussões. No entanto, a rádio ganhou esse estatuto de “corretora” recorrendo principalmente ao humor, à paródia, à ridicularização. Isto, porque essas características são cativantes e porque é a rádio que nos acompanha diariamente nas nossas deslocações rotineiras.
É habitual lembrarmo-nos de personagens famosas da banda desenhada e dos filmes de animação. Nomes como Super-homem Homem-Aranha, Tintim, Ric Hochet e Geronimo Stilton são algumas dessas personagens. Mas, o que têm elas em comum para surgirem juntas e o que as trouxe a esta edição especial do jornal “Outra Presença”? O jornalismo é a profissão que as une e justifica a sua presença na edição comemorativa dos 25 anos do Outra Presença.
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As cantigas de escárnio e maldizer são provenientes da Idade Média e fazem parte do gênero literário denominado trovadoresco .Foram exaradas, assim como todos os textos populares da época, em galego-português. Estas, apesar de serem satíricas, ou seja, ambas têm a intenção de criticar alguém de forma depreciativa, distinguem-se pela maneira como são escritas. Uma faz alusão clara e direta à pessoa que critica- cantigas de maldizer- e a outra é feita de modo indireto e com uso de palavras com duplo sentido – as cantigas de escárnio.
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A obra "Os Maias" foi publicada em 1888, ano em que, curiosamente, nasceu Fernando Pessoa. Trata-se de um romance, uma vez que constitui uma narrativa de grande extensão com um número muito elevado de personagens, apresentando uma ação muito extensa que decorre em vários espaços e ao longo de várias décadas.
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Depois de Seul, Los Angelas e Sidney, foi a vez do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança, ser o anfitrião das 4000 figuras que constituem a exposição de Zadok Ben-David, “People I saw but never met”, dispostas pelos dois pisos ocupados pela mostra, que esteve patente ao público entre 19 de junho e 20 de outubro, integrada na segunda edição do evento “Terra(s) de Sefarad - Encontros de culturas Judaico-Sefardita”, que decorreu em Bragança entre os dias 19 e 23 de Julho, depois do sucesso da primeira, em 2017.
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No mês de outubro, tivemos a oportunidade de usufruir de uma visita guiada à intensa exposição “Disruptive order” da israelita Dvora Morag, com a presença da artista, o que intensificou o clima emotivo aí presente.
A exposição retrata momentos de inquietação e tensão da infância da própria artista, decorrentes dos relatos dos pais polacos que viveram o drama dos campos de concentração de Auschwitz, durante o holocausto e da guerra de Israel da qual Dvora se recorda, acontecimentos que a terão profundamente marcado e influenciado esta obra. No entanto, as referências para qual cada elemento aponta não se esgotam nestes acontecimentos, antes se projetam na própria história da humanidade feita constantemente de momentos de tensão que alternam com os de encontro e harmonia.
Assim, tendo a exposição vários focos de inspiração, há uma multiplicidade de significados patente em cada elemento presente no museu. É, por isso, dada uma grande importância à interpretação pessoal de cada pessoa, tendo sido da preocupação da artista não explicar diretamente o significado das peças ao público, mas levá-lo a sentir.
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Rafael Bordalo Pinheiro revelou não se importar com o facto de poder vir a ser censurado e sempre desenvolveu as suas obras de maneira muito expressiva nesse sentido. Parte do seu trabalho está exposta no Museu Bordalo Pinheiro, em Lisboa, e continua, ainda, hoje a ser tema de conversa pela intensidade das suas críticas.
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No dia 6 de março, no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, foi-nos apresentada a exposição “Ritos da Memória”, comemorativa dos 40 anos de carreira da autora da exposição, Graça Morais. Através desta exposição, tivemos mais uma vez contacto com a importância que a pintora dá à mulher nas suas obras. E não é uma mulher qualquer, é a mulher que ela conhece e desde sempre e que pretende homenagear, uma mulher peculiar e distinta das outras, a mulher transmontana.
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Ler maisSe procurar a definição de nirvana no dicionário provavelmente encontrará qualquer coisa deste tipo: “RELIGIÃO, FILOSOFIA no budismo, beatitude c...
Ler maisAntonio Lucio Vivaldi nasceu em Veneza, a 4 de março de 1678 e morreu em Viena, a 28 de julho de 1741. Foi um compositor e músico do estilo barro...
Ler maisAbrindo-se à comunidade e evidenciando a importância da escola na criação de jovens informados e intervenientes, a sessão solene comemorativa dos quarenta anos do 25 de Abril da Assembleia Municipal de Bragança realizou-se no Agrupamento de Escolas Abade de Baçal e contou, para além das intervenções políticas habituais, com a de uma aluna do referido estabelecimento.
A sessão, aberta e conduzida pelo presidente da Assembleia Municipal, Luís Afonso, constituiu-se como oportunidade para revisitar alguns dos momentos que antecederam e concretizaram a revolução dos cravos e também a nossa história mais recente e para reforçar a importância das palavras e da intervenção cívica num país democrático.
As primeiras intervenções pertenceram aos representantes dos presidentes de freguesias e Agrupamentos de Freguesias, respectivamente, Filipe Fernandes, (PS), da União de Freguesias de Izeda e Luís Martins (PSD), presidente da Junta de Donai. A estes seguiram-se Bruno Veloso, do PS, Eduardo Malhão, do PSD, Henrique Ferreira, do Movimento Sempre Presente, António Morais, da CDU, Francisco Pinheiro, do CDS, Mariana Lopes, aluna do Agrupamento (intervenção reproduzida na caixa da página ao lado), Hernâni Dias, presidente da Câmara Municipal, e, finalmente, o presidente da Assembleia Municipal, que encerrou a sessão.
As diferentes intervenções traçaram um percurso histórico, salientando as mudanças que a Revolução dos Cravos trouxe ao país, mas também os diferentes obstáculos que foi necessário superar nas últimas quatro décadas, desde o recurso ao Fundo Monetário Internacional, à emigração, e os acontecimentos que determinaram um novo rumo para o país, como a entrada na Comunidade Económica Europeia. Elogiou-se, fortemente, o papel dos capitães que asseguraram que a revolução fosse tranquila e pacífica e, por isso, única.
Salientou-se, também, que a Assembleia é o lugar das palavras e que esta tem de ser usada para “puxarmos pelo entusiasmo e dinamismo e contagiarmos os outros; não há data melhor do que esta para a reflexão sobre o modo como criar uma sociedade justa”, defendeu o representante centrista. Este acrescentou, ainda, que “pensar diferente não configura um delito, por isso é necessário respeitar aqueles que têm uma opinião diferente. Alertou depois o poder autárquico Brigantino para a necessidade de estar empenhado no desenvolvimento de uma sociedade mais justa e plural, porque “ a força da democracia vem do impulso de cada um. É preciso criar mecanismos para a existência de uma democracia mais ativa e empenhada.” Também o combate à corrupção, imprópria numa sociedade justa, foi abordado, com António Morais a lembrar a “prática honesta dos autarcas da CDU, entre os quais não se conhece nenhum caso de corrupção, ao contrário do que acontece nos restantes partidos”. Este deputado criticou, ainda, o sistemático não cumprimento de promessas programáticas e lançou um alerta para a necessidade de responsabilizar as opções políticas que contribuem para o definhamento do pais.
Face à marca genética que o 25 de Abril deixou e que é indelével, Bruno Veloso criticou a subserviência do governo aos mercados, as recentes declarações de Durão Barroso, nas quais elogiou a educação do Estado Novo, os cortes que a educação vai sofrer em 2015 e comparando os números de alunos antes e após o 25 de abril, concluiu que “sem educação nunca se cumprirá abril”. Acrescentou, ainda, que os anos de governação à direita têm sido recuos aos valores de abril, como a pobreza, a crise do estado social, a emigração e o pesadelo do abandono que regressou ao nordeste, com o encerramento de serviços. Com uma cidade moribunda e esquecida do poder central, a autarquia deve preocupar-se com a dignificação da vida humana, pois as pessoas são a verdadeira agenda dos políticos.
A descrença na democracia e a forte crise podem explicar, segundo Henrique Ferreira, o pessimismo dos portugueses, evidenciado em estudos recentes, que analisaram a perceção dos portugueses sobre a democracia e que apresentam resultados preocupantes: 83% estão insatisfeitos com a democracia, num estudo, 75%, noutro, o que “quer dizer que podemos estar no limiar de algo perigoso.”, defendeu. Eduardo Malhão também abordou esta crise na democracia, mas citando Churchil referiu que “a democracia e a pior forma de governo, salvo as outras que tem sido experimentadas de tempo em tempos.” É por isso importante, segundo o militante social democrata, celebrar Abril, fazer um apelo à memória colectiva, lembrar as suas conquistas e transmitir às gerações mais novas os valores da revolução, que ensinou ao mundo que era possível fazer uma revolução sem sangue. Esta devia, defendeu, ser património imaterial da humanidade para ser elemento unificador e não arma de divisão e de arremesso. E “unidos, podemos combater o desemprego, a crise demográfica, o despovoamento do interior, o centralismo como adversário do poder local e do desenvolvimento do interior”.
O combate às assimetrias regionais resultantes de políticas centralistas e a necessidade de implementar políticas que invertam a tendência de esvaziamento foram duas linhas de acção apontadas pelo Presidente do Município, que enalteceu Bragança comparando o seu índice de desenvolvimento com o do passado e o de outras capitais de distrito do interior. Em 1981 Bragança apresentava um índice de desenvolvimento negativo (-1,9), passando em 2011 para 6,4, registando o melhor índice no conjunto das capitais de Distrito analisadas pelo Professor Doutor Francisco Cepeda. Ao nível da formação da população do Concelho, em 2011, segundo os últimos censos, a percentagem dos residentes com licenciatura completa foi superior em 4% face à média do País, 5,6% acima da Região Norte, 6,5% acima da média do Alto Trás-os-Montes e 5,98% acima da média do Distrito de Bragança. Isto mostra, segundo Hernâni Dias, que “durante os últimos anos foram construídos os alicerces para a construção de uma nova edificação imaterial, virada para o conhecimento, a inovação, a criação de riqueza e emprego, nomeadamente para os mais jovens, por forma a prosseguir os grandes objetivos de desenvolvimento”
Por isso, segundo o autarca, a crise não pode ser um pretexto para virar costas ao interior e desinvestir em regiões que sempre contribuíram para o crescimento do pais. Defendeu a reivindicação do restabelecimento da ligação aérea e do IP2 para norte entre Bragança e Puebla de Sanábria e a expansão do Aeródromo Municipal de Bragança para Aeroporto Regional, apesar dos dados que mostram que Portugal possui uma boa rede rodoviária e não haver, por isso, financiamento para este tipo de obras, Segundo o autarca, “o mais correto e justo seria uma análise à situação particular de cada região e não no seu todo.”, Considera, também, necessárias mais especialidades médicas e melhores condições nos estabelecimentos de saúde. Lembrou depois que o desenvolvimento sustentável na região se concretizaria através de três grandes linhas orientadoras: a coesão social, a regeneração urbana e o desenvolvimento económico e competitividade e terminou com um incentivo a todos os brigantinos para que se unam na luta pela região:” É nosso dever, enquanto cidadãos que herdámos um país livre, fruto do sonho dos Capitães de Abril, lutar diariamente pela liberdade, pela promoção da cidadania e da democracia e que isso se traduza numa melhor qualidade de vida dos nossos concidadãos.
No encerramento da sessão, o Presidente da Assembleia, Luís Afonso,
lembrou o propósito desta sessão comemorativa inédita: abrir a cerimónia a comunidade, nomeadamente à camada mais jovem, o que justifica a escolha de um estabelecimento de ensino. Agradeceu em particular à direcção da escola, na pessoa da sua diretora, Teresa Sá Pires, por ter respondido com prontidão ao desafio lançado pela Assembleia Municipal.
Depois, lembrando a crise que tantas dificuldades tem trazido às famílias, desejou que a reforma do estado se concretizasse e aliviasse o sofrimento das famílias e revelou a sua discordância relativamente a políticas que castigam mais uma vez os territórios regionais que, pelo contrário, são os que mais precisam de incentivos ao desenvolvimento.
Há exatamente 40 anos Portugal vivia um dos momentos mais importantes da sua história. Um momento que revolucionou a vida de todos nós e que permitiu que tivéssemos direito a muitos dos privilégios que temos hoje, como este de estarmos aqui e de livremente nos expressarmos. Mas não é claro que exista nos jovens a consciência da importância desse momento. Desde logo porque para nós quarenta anos é uma eternidade.
Talvez por isso há ainda muitos que ignoram completamente o significado de um dia como o que comemoramos hoje, bem como a diferença entre a vivência numa ditadura ou numa democracia. Há outros jovens que, pelo contrário, são pessoas informadas e preocupadas com a sociedade em que vivem e que sabem que depende também de si aquela que vão construir, mas alguns destes atuam com alguma indiferença relativamente à data que comemoramos hoje. Isto significa que a cultura democrática não está enraizada e que a família, a escola e a sociedade estão a falhar.
Na verdade, na escola, este tema não é muito abordado, uma vez que só é leccionado durante o nono ano de escolaridade, na disciplina de história, e abordado pontualmente no 12º ano, na disciplina de português. O tempo que lhe é dedicado não me parece, portanto, suficiente. Penso que falo por muitos jovens quando afirmo que a revolução de Abril, tudo o que a antecedeu e o modo como foi bem sucedida, é um assunto muito estimulante e que termos mais conhecimento e informação sobre o 25 de Abril seria determinante no modo como nos posicionamos na sociedade. O que nós temos hoje é fruto do esforço de pessoas que foram corajosas e determinadas e que, mesmo sabendo que podiam ter perdido tudo (inclusive a vida), decidiram não desistir, e isso é um ensinamento muito importante.
É, portanto, importante que todos nós, jovens, saibamos bem o que custou a democracia. Mas é também importante que a saibamos viver plenamente. E isso implica uma participação cívica ativa: os jovens têm de estar informados sobre a situação política, social e económica do país, têm de debater assuntos e trocar opiniões, devem participar em iniciativas que estimulem o desenvolvimento do país e lutar pelos interesses, não pessoais, mas dos grupos nos quais estão integrados.
No entanto, esta participação cívica e política não acontece tão frequentemente quanto desejado. Repare-se, por exemplo, no caso do projeto Parlamento dos Jovens, que tenta promover o debate e sensibilizar os jovens para a importância da vida parlamentar, e para o qual, pelo menos na escola que frequento, não é fácil encontrar grupos de jovens participantes. Talvez isto seja o resultado de nunca termos vivido numa época em que o regime político nos oprimia e impedia de ser o tipo de pessoas que desejaríamos.
Pelo contrário. Vivemos num tempo em que há vários partidos políticos e em que temos oportunidade de escolher qual aquele que representa melhor os nossos ideais. Podemos, ainda, expressar a nossa opinião, podemos discutir as diferentes perspetivas, podemos escrever o que quisermos e temos a oportunidade de divulgar as nossas ideias livremente, desde que o façamos de forma responsável. E esta aliança entre liberdade e responsabilidade é um legado de Abril. Os meios de comunicação podem difundir a informação sem esta ter de ser analisada previamente por nenhuma comissão de censura. Não há censura. Há incentivos à educação e à formação superior. E temos tantos outros privilégios dos quais não nos apercebemos.
Em suma, apesar da facilidade com que hoje temos tudo ao nosso alcance, não podemos esquecer que o 25 de Abril representa a esperança de um futuro melhor para todos, a possibilidade de todos vencerem os mesmos obstáculos, a igualdade de oportunidades para todos, o direito à liberdade de opinião e expressão, a possibilidade de participar civicamente na construção da sociedade em que vivemos. Ainda que isto pareça utópico e mesmo quando a esperança parece vã e a vontade se desvanece, estas foram portas que a Revolução de Abril abriu, porque esta representa também a força dos homens que vão à luta porque acreditam nos seus ideais. Hoje comemoramos a liberdade e temos de aprender o seu valor para poder assegurar que as portas que Abril abriu não voltam a fechar-se, como dizia Ary dos Santos. Por isso, mais do que insistir em tudo o que foi feito e criticar o que ficou por fazer, penso que seria melhor aproveitar a comemoração deste dia para debater o futuro do país, pensar em formas de desenvolvimento, criar estruturas que permitam que os jovens se fixem cá, abrir portas para que os jovens sintam que os valores que Abril conquistou continuam válidos e são fundamentais e que há um país que quer que eles fiquem e participem. Há um país que quer que eles sejam jovens de Abril que sabem o valor da democracia, da liberdade e da responsabilidade.