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Fazer Ciência é tarefa louvável, uma forma de amor. Viver para a Ciência é uma missão. Um desígnio. É o mínimo que o ser humano pode reconhecer. Todos os cientistas têm o direito de pedir desculpa pela interrupção que se segue. É só um minuto.

Pronto. Já estão agradecidos. Só lhes resta envolverem-se de corpo e alma, em mais uma experiência, em mais uma descoberta. As melhores são aquelas que apanham o ar dum momento e que se expõem a ele.

Fazer Ciência não é fácil. Cada começo, cada recomeço é uma mudança e o cientista vicia-se em mudar. Vicia-se na novidade do arranque, do início, na primeira descoberta, na grandiosa experiência, no desafio, no persistir, na resiliência e no barulho das portas do laboratório a abrir. Cada passo em frente, na Ciência, é uma série de começos inacabados. Mas tem uma vontade. A de reaver os sons e os cheiros das coisas que duram. E perduram. A nossa função é presenciar. É despertar. Não pelo que se inventa, mas pelo que se descobre. A missão do cientista é achar, no sentido de quem encontra. Não é abrir nem fechar – é ver e querer revelar. É assim que a honra e o sentimento de pertença se constituem em amor nobre e antigo.
Quem faz Ciência, quem vive para a Ciência tem, como objetivo primeiro, achar uma verdade. Uma verdade que não é sorte, nem feitiço, nem jeito. É qualquer coisa chamada amor, que estes cientistas continuaram e que, hoje, se orgulham de continuar. Continuar a apanhar o ar do nosso tempo, brisas salgadas como o nosso mar, nem sempre manso. Saborear os ventos de mudança, a liberdade criativa, a experiência inovadora e o resultado tão desejado. Tudo por amor à Ciência!

 

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