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No dia doze de março, após um conselho de ministros, o primeiro-ministro português, António Costa, anunciou o fecho das escolas a partir da segunda-feira seguinte, dia dezasseis, por um período de duas semanas, ou seja, até à pausa letiva da Páscoa.  

 

 

 

Com efeito, este momento provocou um misto de emoções, mas também uma corrida às plataformas digitais para a continuação das atividades letivas, no intuito de os alunos continuarem a aprender os conteúdos. Um novo comunicado, do Conselho de Ministros do dia nove de abril, transmitiu que se manteriam suspensas as atividades letivas presenciais nas escolas, bem como o facto de o ensino básico e o décimo ano de escolaridade permanecerem até ao final do ano letivo no modelo de ensino não presencial. Ao contrário destes anos de ensino, os décimos primeiro e segundo anos iriam regressar às escolas, o que ocorreu no dia dezoito de maio.  

Portanto, os professores multiplicaram-se na exploração de plataformas digitais, tanto para videoconferências como para realização de tarefas, ou seja, aulas síncronas e assíncronas. Durante o confinamento, tanto os docentes como os discentes conheceram um vasto universo tecnológico, nomeadamente Zoom, várias ferramentas Google (Classroom, Forms) e Microsoft (Teams, Forms), Socrative e Nearpod, algumas já eram utilizadas no contexto de sala de aula, no entanto, houve uma maior utilização das mesmas. De facto, inclusive algumas empresas lançaram novas plataformas e/ou melhoraram as já existentes.  

Além disto, algumas destas funcionalidades continuam a ser complemento ao ensino presencial. Um grande número de professores continua a utilizar as plataformas digitais, tanto para a disponibilização de materiais, como para a realização de tarefas, com especial destaque para a plataforma Microsoft Teams. 

Eu penso que esta nova realidade mudará as escolas digital e tecnologicamente, haverá melhores ferramentas tecnológicas e o governo português, através do Plano de Transição Digital, pretende intervir nas escolas dotando todos os alunos e professores com equipamentos e competências tecnológicas, estado já em curso a disponibilização dos computadores e periféricos necessários e a formação dos formadores que contribuirão para a operacionalização deste programa, que contempla, ainda, ações de formação de professores, que terão início provável em janeiro do próximo ano. 

Em virtude desta pandemia, preveem-se novos cenários para a aprendizagem, destacando-se a responsabilidade digital, o pensamento computacional e  o trabalho colaborativo, a nível da educação.  

Por último, a crescente utilização das novas tecnologias fez com que alguns elementos da comunidade escolar, não só docentes como também discentes, que não estavam familiarizados com a informática ou que não demonstravam interesse, tivessem de utilizar o meio digital, aprendendo a usá-lo da forma mais correta e eficaz possível e criando em todos a necessidade de adquirir mais competências nesta área. Alguns continuam a usufruir das plataformas digitais com diversos fins, destacando-se a comunicação.  

Concluindo, com o confinamento, a escola tornou-se mais digital, o que teve consequências imediatas, mas também no novo ano letivo com a utilização de uma infinidade de plataformas tecnológicas. Deste modo, esta aproximou-se mais da sociedade do século XXI, na qual a componente digital desempenha um papel fundamental, preparando melhor os alunos para a sua integração plena nesse mundo.

 

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