No presente, o mundo está a atravessar uma crise sanitária, económica e pessoal causada pela Covid-19. Face à imprevisibilidade da pandemia e de todas as suas consequências, a humanidade tem lidado com obstáculos diários que só são possíveis de transpor recorrendo aos valores dos indivíduos.
Assim, a “peste negra” dos nossos tempos tem causado em todos um sentimento de angústia e vulnerabilidade, inerente à condição humana. No entanto, também faz parte da essência do Homem a sua consciência individual e coletiva; logo, para salvaguardar o bem comum a quarentena foi imposta com naturalidade.
Desse modo, a dezanove de março de 2020, o governo português declarou o primeiro Estado de Emergência que seria renovado duas vezes. Este é um regime excecional, previsto na Constituição, que restringe temporariamente alguns direitos com a exclusiva finalidade de proteger a saúde pública. Consequentemente, neste período invulgar e obscuro, foi imprescindível manter acesa a força de espírito e criar defesas de forma a lidar com a situação de forma vantajosa.
Com efeito, devido à evolução positiva da pandemia, está a ocorrer um “desconfinamento” gradual para evitar um colapso na economia. Evidentemente, este é um regresso a uma nova normalidade nunca antes explorada, pelo que é crucial manter a resiliência e seguir todas as normas de segurança para evitar um retrocesso. Mais do que nunca é necessário continuar a agir responsavelmente com vista a proteger-nos a nós e aos que nos rodeiam. De acordo com o investigador português Miguel Castanho, o perigo de novas vagas da infeção é real e se as medidas não continuarem a ser seguidas, estas poderão ser piores do que a primeira.
Em suma, uma das idiossincrasias do ser humano é a sua capacidade para se adaptar a novas realidades de forma a enfrentar e superar as vicissitudes com que se depara, o que revela determinação e resistência que são “armas” incalculáveis.