Bragança, 9 de maio de 2020
Como bem sabes, ainda me encontro fechada em casa em quarentena, devido à grande pandemia que está a “consumir” Portugal e o mundo inteiro.
Já passaram 4 dias desde a última vez que te escrevi e, bom, por aqui as coisas continuam iguais às que te tinha dito: o número de casos a aumentar e o número de óbitos também. A minha vida cá por casa também continua na mesma, acordar de manhã para ter aulas por vídeo chamada, fazer os trabalhos que me são pedidos, descontrair um bocadinho a ouvir música, tocar guitarra, assistir a alguns filmes, séries e fazer alguns jogos em família para conviver um pouco mais do que é normal. Ainda ontem à noite estivemos a jogar à sueca, foi a primeira vez que joguei, e posso-te dizer que é bastante divertido e competitivo, humm. MAS como disse descontrair só um BOCADINHO, pois, apesar de estar em casa, tenho que estudar para os exames que vou fazer só em julho, porque as datas também foram alteradas e já não se realizam em junho, como habitualmente. Não me preocupo muito com isso visto que este ano também não vai haver quaisquer festivais de verão, por causa da covid-19.
O coronavírus é neste momento o assunto mais abordado em todo o lado, desde as noticias às redes sociais. Não me admira, visto que é um assunto bastante importante para todos e que relata o que o mundo está a passar.
Os números de casos em Portugal estão aumentar desde que o estado de emergência passou para o estado de calamidade. No meu ver, o governo está a fazer um grande trabalho no combate a este vírus, o problema do país neste momento é a falta de cuidados que as pessoas têm, talvez por pensarem que só acontece aos outros e não a eles próprios, não sei. Enfim, vamos fazendo nós a nossa parte e esperar que os outros a façam também.
Mas, como em tudo, existem sempre aquelas pessoas que dão sempre que falar, seja pelas suas atitudes e mentalidades pobres ou por quererem simplesmente ser faladas pelo mundo inteiro ou ainda por se importarem mais com o dinheiro do que propriamente com as vidas das pessoas e com o bem-estar da sociedade, pessoas ignorantes e totalmente insensíveis. Quase que aposto que já sabes de quem estou a falar…, sim é esse mesmo o Trump, ahahah, o cómico (numa forma irónica) e doente Trump, sim é uma dessas pessoas, mas ainda falta outra… não é difícil… aquele que eu chamo de mente velha e que também tem problemas bastante graves no cérebro… brasileiro… sim o Bolsonaro… meu Deus, os países estão perdidos com estes dois na liderança, desculpa-me a minha má educação a insultá-los ao descrevê-los, mas estes dois são as únicas pessoas que nós, gente com compaixão e humildade, podemos tratar abaixo de cão sem qualquer educação e respeito. Não consigo entender como é que pessoas destas são escolhidas para estra à frente de uma nação em que a função delas é proteger e ajudar o seu povo, para além de questões de dinheiro, mas pronto, não é assunto para agora. Fico triste com estas situações, uma causa como esta e pessoas deste tipo a não querer fechar o país por causa da economia, esquecendo que esta não existe se não existir gente. É verdade que traz muitos prejuízos fechar tudo, mas por favor… é de vidas que estamos a falar, de seres humanos, gente com vida…
Por último, gostava de fazer referência a duas situações bastante importantes, nestes tempos em que se vive, porque nem tudo é mau e nem todas as pessoas que vivem neste mundo são iguais àquelas duas criaturas desumanas. Gostava de mencionar o trabalho que os profissionais de saúde estão a realizar, que é de louvar. Estão a trabalhar horas e mais horas do que é suposto trabalharem na luta constante pela cura das pessoas que estão infetadas, que fazem tudo o que está ao seu alcance para as salvar, e a vida difícil que estes profissionais têm , desde lidarem com vários óbitos a estarem afastadas das pessoas que mais amam para as proteger… simplesmente extraordinário! A segunda situação é o trabalho feito pelas pessoas que estão cá fora, voluntários, na ajuda nas compras e do bem-estar das pessoas de grupo de risco. É bom saber que, apesar de tudo, há quem ainda se disponibilize e esteja presente nas alturas mais difíceis.
verbo trazer [LL1]