Ato I, Cena I
(No local, temos várias árvores que invadiram as casas. Estas têm um ar envelhecido, numa altura da idade média. Também existem algumas espadas, lanças e algumas flechas, pelo caminho, como se tivesse havido uma batalha muito violenta.)
Guilherme: (com ar de engraçado) Mais um dia neste lugar!
Ricardo: (Olhando para as casas destruídas) Pois é, mas ao menos é um lugar lindo e maravilhoso.
Guilherme: Eu preferia estar a dormir na minha caminha, que é a mais confortável da minha mansão linda e maravilhosa!
Ricardo: (fazendo uma cara de ciumento) Eu, às vezes, esqueço-me que és um pouco mais rico do que eu.
Guilherme: (Rindo) Eu sou um dos mais ricos do mundo, que até poderia comprar 300 casas.
Ricardo: Um dia, irei conseguir comprar mais casas do que tu (fazendo uma cara de aborrecido). Sabes, eu acho que poderei ser mais rico, se fizer uma pesquisa.
Guilherme: Ou pobre!
Ricardo: (Olha para chão e vê algo escrito numa folha, apanha-a e começa a ler essa folha.)
(Ricardo faz a leitura): Aquele que morrer neste lugar irá voltar à vida passados 50 anos e conhecerá o passado deste…
Guilherme: (fica com uma cara de dúvida) Como assim? Voltar à vida depois de 50 anos?
Ricardo: É o que está escrito aqui (dá a folha ao Guilherme).
Guilherme: (lê o papel) “Okay, estás a ser verdadeiro, mas não acredito que isto seja verdade, mas, se for, nós vamos descobrir…”
Cena II
(Entra outra personagem)
Daniel: Oh, então temos aqui visitantes!
Guilherme: (Fica a olhar para todos os cantos, pois não sabia de onde vinha o som). Quem está aí?
Daniel: Uma pessoa que é deste lugar e que conhece todas as suas lendas. (rindo)
Ricardo: Então, sabes se o que está escrito nesse papel é verdadeiro?
Daniel: Tão verdadeiro quanto vocês estarem vivos e estarem de falar com um idoso de 85 anos.
Guilherme: O quê? Tu já deverias estar morto!
(Daniel anda na direção do Guilherme e do Ricardo e o Guilherme faz uma cara de nojo pelo facto de o Daniel ter uma aparência de pobre.)
Guilherme: Tu és um pobre?
Daniel: Tens algum problema com pobres?
Guilherme: Muito, pois sou uma das pessoas mais ricas do mundo!
Ricardo: Ele odeia os pobres, mas eu simpatizo com deles.
Daniel: Que bom! (Olhando fixamente para o Ricardo.)
Ricardo: Porque estás a olhar para mim?
Daniel: Porque tu és especial e o único que compreende a vida de pobre.
Guilherme: Claro que ele entende, pois ele é 10% mais pobre do que eu (tentando não rir na cara do Ricardo)…
Ricardo: Ei, para já de gozar comigo (fazendo uma cara ameaçadora ao Guilherme).
Daniel: Então, o dinheiro é muito importante para ti? (apontado o dedo para o Guilherme)
Ricardo: Olha que apontar o dedo é feio.
Guilherme: Por favor, trate-me por senhor Guilherme.
Ricardo: O dinheiro para ele é algo importante e é uma parte da felicidade.
Guilherme: Ricardo, a pergunta era para mim (Olhando para o Ricardo)
Ricardo: Desculpe, seu ricaço, mas não sabe agradecer às pessoas que lhe dão ajuda (olhando por céu).
Daniel: Vocês os dois comportam-se sempre assim?
Guilherme e Ricardo: (falam ao mesmo tempo) Quase sempre!
Daniel: O que vieram a fazer para este lugar?
Guilherme: Eu venho aqui só para fazer uma pesquisa sobre a energia estranha deste lugar.
Ricardo: Eu só venho ajudar o meu amigo e tentar ficar mais rico do que ele.
Daniel: Energia estranha, senhor Guilherme?
Guilherme: Sim, o senhor sabe o que poderá ser essa energia?
Daniel: Eu não sei o que pode ser, eu acho é que o senhor bebeu uns copos.
Ricardo: Ele não bebe coisas alcoólicas, só bebe água, apenas...
Guilherme: Água de 100 euros, que vem da França, e é purificada no Japão e vem, sempre, diretamente para minha casa.
Daniel: (Surpreendido) Meu Deus, onde raio tens tanto dinheiro?
Guilherme: Sou rico e poderoso !!!
Ricardo: Rico és, mas poderoso não és!
(Surge um terramoto na zona e parecia estar no centro da vila.)
Guilherme: O que foi isso?
Daniel: (tentando esconder a informação) Não foi nada.
Ricardo: Foi algo, sim, e tu vais dizer?
Daniel: Bom, vou dizer o que se passa: a energia deste lugar já não está bem, por isso é que eu sou o único que vivo cá.
Guilherme: Como assim?
Daniel: Nós usamos magia neste lugar e agora há muitos terramotos para o destruir.
Ricardo: Então, vamos ajudar e tentar salvá-lo.
Guilherme: Só com a condição de me dares algum dinheiro é que eu poderei ajudar a sua bela pessoa.
Daniel: Eu não tenho dinheiro, mas, talvez possa ajudar com algo bem melhor!
Cena III
David: Agora, o que eu quero é que vocês imaginem o resto da história e veremos se, no futuro, é aquilo que vocês imaginaram ou se, afinal, tudo não passou de um sonho!