Atualmente, os jovens, de certa forma, têm mais facilidade na aprendizagem, devido às tecnologias existentes no seu quotidiano, que lhes permitem desenvolver mais possibilidades de trabalho e obter informações de forma mais rápida. Contudo, como em vários outros aspetos, todos os benefícios trazem as suas desvantagens que, neste caso, acabam também por influenciar nas atitudes dos estudantes e/ou de quem os rodeiam.
Por um lado, há pessoas com bastante interesse em aprender, para um dia poderem tirar o curso com que sonhavam ou que lhes dê a desejada estabilidade financeira. Realmente, isso parece bastante fácil de concretizar, mas, na verdade, não é tão simples como aparenta ser. Com esse objetivo em mente, é óbvio que o adolescente se vai esforçar para realizar o pretendido, porém, vai ter de abdicar de grande parte do seu tempo livre direcionando este para os estudos, com o intuito de chegar à classificação que tanto deseja. Para além desse ponto, também é de referir o facto de os pais e os adultos os criticarem e dizerem que a única obrigação dos adolescentes é estudar, notando-se que muitos não se dão ao trabalho de apoiar os descendentes em causa, tentando diminuir a sua ansiedade e tranquiliza-los.
Logo de seguida, os jovens vão acumulando “stress” e ansiedade, pois, para além de terem de estudar nos tempos livres, vão ter de trabalhar mais para agradar os pais e a si mesmos, tirando boas notas em provas, exames, testes, trabalhos, o que, muitas vezes, contribui para vários problemas, como a depressão, entre outros.
Por outro lado, há bastantes estudantes desinteressados nos estudos, uma vez que os horários são muito exigentes, o método de ensino torna-se irrelevante, estuda-se conteúdos pouco atuais e em muitos casos sentem que a escola não prepara a geração para superar os futuros conflitos ou dificuldades que venham a encontrar. Uma escola que desmotive os alunos afeta as atitudes dos menores, podendo conduzir a atos negativos, como desrespeitarem os professores ou superiores, ou começarem a criar maus hábitos e vícios.
Em suma, apesar de os adolescentes terem mais condições e oportunidades de desenvolvimento, tem-se verificado um maior desinteresse pela escola, que é, muitas vezes, fator de ansiedade, “stress” ou depressão.