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Aquela era uma manhã que anunciava um dia em tudo igual aos outros, no que diz respeito a notícias escolares. Quando fui à internet, como faço todas as manhãs, qual não foi o meu espanto quando vi que os testes intermédios tinham acabado. Confesso que, inicialmente, fiquei feliz com o fim dos tão aterrorizadores testes intermédios, mas quando me voltei a lembrar que era aluna de 12º, iria ter exame de Português e Matemática de 3 anos, iria concorrer no presente ano à faculdade e não iria ter como base de preparação os testes intermédios, também fiquei aterrorizada, mas com o seu fim.

O IAVE justificou que os testes intermédios, segundo os seus relatórios de análise, não tinham impacto nos alunos, não se denotavam melhorias nos seus resultados de ano para ano e, consequentemente, nos exames das respectivas disciplinas. Uma das justificações para tal poderá ser o facto de o nível de dificuldade dos testes intermédios não ser constante e não se relacionar diretamente com os exames, sendo assim complicado fazer uma análise rigorosa do impacto positivo dos mesmos nos resultados. Um dos outros factos, apesar de não ter sido referido na nota divulgada, é claramente o valor monetário que os testes intermédios acresciam para o Ministério, e, em tempos de austeridade, um dos cortes foi mesmo nesses testes.
Considero, ainda, que este tipo de avaliação pode servir também como um regulador do próprio funcionamento da escola, já que implica que a matéria que vai ser avaliada tenha sido leccionada e que os critérios de correcção definidos sejam aplicados por todos. Parece-me justo para todos.
Fiz testes intermédios durante muitos anos e, em geral, eles contribuíram para que eu estudasse mais e revisse a matéria toda, adiantando já trabalho para o exame nacional da mesma disciplina. Este ano e pela primeira vez, iremos fazer o exame trienal de Matemática e Português com matéria de três anos e o teste intermédio iria ajudar-nos, no sentido em que nos proporcionaria uma prova-modelo de um exame com um formato novo.
Provavelmente, até terei menos ansiedade com a ausência dos testes intermédios, mas na altura do exame e com a fase da candidatura à faculdade a aproximar-se, sei que os nervos irão aumentar ainda mais. Concluindo, os testes intermédios funcionaram como o aperitivo que todos os alunos tomariam, inicialmente com um sabor amargo, mas progressivamente com bastante agrado, aquando da aproximação do “novo” exame nacional. E os aperitivos fazem falta às refeições…

 

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