Hoje, como outrora, o homem empenha-se em lutas constantes e infindáveis pela obtenção de poder, visando a instauração de ideologias e medidas, num determinado país, ou a orientação dessa influência e domínio para um grupo restrito.
De facto, os indivíduos desejam cada vez mais o poder, atingindo esta ambição desmedida os seus trópicos e transformando-se numa obsessão mórbida e descontrolada que persegue o poder absoluto. Assim, esta má gestão de poder traduz-se em negatividades, como a hipocrisia, a opressão, o absolutismo e até o homicídio. Veja-se o exemplo do Estado Novo que, com a queda dos regimes totalitários, em 1945, procedeu a uma democratização aparente que iludiu os portugueses. Estes, então, revoltaram-se, criando oposição ao regime, através do MUD (Movimento de Unidade Democrática) e das eleições presidenciais, encabeçadas por Humberto Delgado, que, por ser tão destemido, foi morto, dando-se continuidade ao isolamento internacional, à repressão social e ao lema “Deus, Pátria, Família”.
Embora os portugueses vivam, no tempo atual, livremente, essas lutas ainda se manifestam, porque a diferença partidária persiste, porque todos discordam das opções uns dos outros, mas quando se encontram no “poleiro” não praticam a teoria tão glorificada que, segundo eles, melhoraria a situação interna portuguesa, porque o povo está sempre descontente com algo.
José Sócrates, em 2011, afirmava convictamente que Portugal não necessitava de ajuda externa, apenas para reconfortar os seus semelhantes e esconder a
podridão do seu governo, o que desembocou na austeridade; em cortes na saúde e na educação; na abolição de feriados; na asfixia social.
Não posso deixar de referir também a necessidade de liderança do homem, antes da Primeira Guerra Mundial, reduzindo o sexo oposto à lida doméstica e ao papel de boa mulher e mãe.
Concluindo, o homem é a causa dos problemas referidos, dada a sua incapacidade de aproveitar o poder de que usufrui e que tão ardentemente desejou.