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Decorreu no dia 26 de abril o encontro de leituras “Somos Livros”, organizado em parceria pela equipa das Bibliotecas do Agrupamento e o Departamento de Português, que procuraram, deste modo, assinalar, simultaneamente, a conquista da liberdade e o dia Mundial do Livro.

Organizada pelo segundo ano consecutivo, esta atividade procurou congregar à volta dos livros os professores e assistentes operacionais e técnicos, incentivando a partilha de leituras, de sugestões de livros, de interpretações e relações suscitadas por esse encontro com a vida que tão bem o livro consegue proporcionar.
Com efeito, foram muito díspares os autores e as obras partilhadas: “Arquipélago Gulag”, de Alexander Soljenítsin, e, a pretexto deste, “O Pavilhão dos Cancerosos”, do mesmo autor; “Apneia”, de Tânia Ganho; “Não pode morar nos olhos de um gato”, de Ana Margarida Carvalho; a tetralogia de Ali Smith; “O Malhadinhas”, de Aquilino Ribeiro; “O Portugal de D. João V visto por três forasteiros”, de Castelo Branco Chaves; “Vinte anos de poesia” de Ary dos Santos; “O Gato que Sobreviveu”, de Gwen Cooper; “Água para as Flores” de Valérie Perrin; “Pedro Páramo”, de Juan Rulfo; “Cisnes Selvagens”, de Jung Chang.
Conscientes da importância que os livros têm na vida do ser humano (por isso este foi recriando várias formas de preservar as suas histórias), os docentes presentes acarinharam a ideia da formação de um Clube de Leitura apresentada pelas docentes responsáveis pelas bibliotecas do Agrupamento, presentes no evento, considerando que o mesmo enriquecerá a vida deste estabelecimento de ensino, ajudando a criar mais leitores e a desenvolver os existentes. Consequentemente, esta união que os livros potenciaram foi enriquecida com o convívio gerado e com a perspetiva deste encontro periódico à volta dos livros.
Ler é um ritual que implica gestos, posições, objetos e espaços. Este ritual pode variar consoante o leitor, o momento e o espaço em que ocorre. No encontro “Somos livros”, as vozes dos livros ressoaram à volta de uma mesa de onde emanava o cheiro a frutos vermelhos, canela, limão, amêndoa e chocolate, sendo saboreadas numa deliciosa sinestesia.

 

“O livro superou a prova do tempo, demonstrou ser um corredor de longas distâncias. Sempre que acordámos do sonho das nossas revoluções ou do pesadelo das nossas catástrofes humanas, o livro continuava ali. Como diz Umberto Eco, pertence à mesma categoria da colher, do martelo, da roda e da tesoura. Depois de inventados, não se pode fazer nada melhor” Irene Vallejo, in “O Infinito num Junco”

 

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