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Marta Genésio e Ricardo Silvano, alunos do Agrupamento Abade de Baçal, representaram o distrito na sessão nacional do Parlamento dos Jovens, que decorreu nos dias 5 e 6 de Maio, na Assembleia da República.  O tema deste ano do projeto era a prevenção da toxicodependência e durante os dois dias os jovens defenderam as suas propostas, iniciando-se, desse modo, no debate plural e democrático.

A saída de Bragança estava marcada para as 6h00 da manhã do dia 5 de maio, no pavilhão do NERBA, onde um autocarro enviado pela Assembleia da República recolheria os jovens de Bragança rumo à Assembleia da República, no qual iriam também os dos círculos de Vila Real, Viseu, Guarda e Coimbra. Os deputados, Marta Genésio e Ricardo Silvano, o jornalista, Guilherme Morais, e a professora responsável, Olinda Oliveira, esperavam com muita expectativa a chegada a Lisboa.
Quando, cerca das duas da tarde, chegámos a Lisboa fomos conduzidos à Assembleia da República, a casa da democracia, onde os debates na generalidade já estavam a decorrer. Às 14h00 começaram as reuniões das quatro comissões para debate, na generalidade e na especialidade, dos Projetos de Recomendação aprovados nos diversos círculos eleitorais, sob orientação de Deputados da Assembleia da República, em representação dos Grupos Parlamentares. Bragança ficou na sala 3, na 3.ª Comissão, juntamente com o Porto, Leiria, Faro e Viseu, estando ainda presentes dois deputados de Viana do Castelo e dois de Coimbra.
Após o debate, cada Comissão aprovou um projeto comum, com um limite máximo de cinco medidas, e três perguntas a apresentar aos Deputados da Assembleia da República, não esquecendo que cada círculo podia propor a eliminação/corte de uma medida do texto base, alteração de redação, que consiste na modificação de uma expressão ou propor a combinação de duas medidas, e, por último, um aditamento, sendo este o acréscimo de uma medida que constasse de um dos outros projetos, desde que fosse sobre matéria diferente da que constasse do texto base. Este projeto seria apresentado na Sessão Plenária, no dia seguinte, 6 de maio.
Às 17h00 foi-nos oferecido um lanche e às 18h00 dirigimo-nos à Sala do Senado para desfrutarmos de uma atuação da turma do 8º ano do ensino articulado da Escola Básica de Rio Tinto nº 2. Em seguida, foi-nos igualmente oferecido um jantar no Palácio de São Bento.
Estava marcada para as 21h00 a saída para os respetivos alojamentos, tanto no Inatel, como em Pousadas da Juventude. Apesar do cansaço, o entusiasmo era grande, pois, para muitos, era a primeira vez que estavam na Assembleia e poucos tinham participado já neste projecto.
No dia seguinte, o encontro decorreu por volta das por 9h30, novamente no Palácio de S. Bento e, depois, na Assembleia, o plenário foi aberto de forma solene por um representante da Presidente deste órgão, Maria da Assunção Andrade Esteves. Cerca das 10h30 teve inicio o período de perguntas aos Deputados da Assembleia da República presentes, umas mais inofensivas, outras mais polémicas, como a que foi colocada pelo porta-voz do circulo eleitoral do Porto, André Fernandes, que expressou a sua indignação face às opções políticas atuais no que diz respeito à educação e foi ovacionado pelos presentes. Às 11h30 deu-se início, então, ao debate da Recomendação à Assembleia sobre o tema proposto, as drogas. Enquanto isso, os jovens jornalistas das Escolas estavam numa conferência de imprensa com o Presidente da Comissão de Educação, Ciência e Cultura.
Às 13h00 foi novamente oferecido um almoço no palácio de S. Bento e, entre as 14h00 e as 15h30 concluiu-se o debate e a votação final global da Recomendação à Assembleia da República, contendo 10 medidas que seriam posteriormente discutidas na Assembleia pelos deputados dos diversos partidos. O Presidente da Comissão de Educação, Ciência e Cultura, Deputado Abel Batista, encerrou a Sessão Nacional do Parlamento dos Jovens – Básico.
Os alunos que participaram no projecto esperam que esta iniciativa se prolongue por muitos mais anos, como afirmou Marta Genésio, porta-voz do distrito de Bragança, que defendeu que “estas iniciativas são fundamentais no desenvolvimento da cidadania e consciência política nos jovens e é, por isso, fundamental, agradecer à Assembleia da Republica pela oportunidade que dá aos jovens de Portugal de se expressarem e lutarem pelo seu pais.” A jovem lamentou, no entanto, que a final do projeto decorresse apenas no mês de maio, tão próximo do final do ano letivo, o que, para ela, “constitui um entrave à participação de muitos jovens, sobretudo do 9º ano e do ensino secundário. Tenho colegas de 12º que não formaram nem integraram listas porque sabiam que neste altura não poderiam estar a fazer longas viagens e perder estes dias. Talvez não seja um entrave a quem vive em Lisboa ou próximo, mas os que estão distantes, como nós, são bastante prejudicados.”

 

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