No dia 28 de maio de 2021 realizaram-se, a convite da disciplina de EMRC, duas palestras sobre o tema da shoá (holocausto) dirigidas a alunos do 6.º,...
Ler maisNo dia 28 de maio de 2021 realizaram-se, a convite da disciplina de EMRC, duas palestras sobre o tema da shoá (holocausto) dirigidas a alunos do 6.º,...
Ler maisE tudo começou hoje. Foi-nos restituída a liberdade roubada, mutilada e assassinada, a liberdade que todos ansiávamos como se de repente se desatasse ...
Ler maisApesar da sua juventude, são vários os nomes de crianças e jovens que resolvem fazer-se ouvir e defendem causas que visam a criação de um mundo mais j...
Ler maisA abertura oficial do ano letivo foi complementada com a já habitual cerimónia de entrega dos diplomas de conclusão do ensino secundário e de mérito ...
Ler maisSe fosse vivo e se fosse possível viver tantos anos, teria feito, no dia 9 do passado mês de abril, 150 anos. Falamos de Francisco Manuel Alves, mais ...
Ler maisA primeira impressão foi boa. O ginásio da escola estava parcialmente transformado num templo. O piso coberto, a plateia com as cadeiras devidamente a...
Ler maisComo não me enquadro na minha juventude niilista em termos ambientais e a minha veia anarca aprecia o lema, hoje perdido, “Morte ou Glória”, feito fam...
Ler maisVestidos de branco (a maioria) e com tanta vontade de pôr “mãos à obra” que acordaram cedo num domingo, os jovens de Bragança que aderiram a este movi...
Ler maisNo dia 12 de maio, foi realizada, pelas turmas A, B e C do 8º ano de escolaridade, uma atividade subordinada ao tema “Proteção e Conservação da Nature...
Ler maisNo dia 21 de março, no âmbito da disciplina de ciências naturais, as turmas de 8º ano realizaram uma atividade relacionada com os dias Mundial da Flor...
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Ninguém gosta de morrer na praia. É como se tivéssemos conquistado tudo e, de repente, deitássemos esse tudo a perder. Por outro lado, cumprir regras também não é a nossa praia, embora desta vez tenhamos alcançado uma proeza qual surfista que enfrenta uma onda gélida e gigante.
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O coelhinho da Páscoa
Até que enfim! Já temos uma data, um marco, uma baliza que nos remete para o início do desconfinamento. É irrelevante se já existe um planeamento, se já se está a estudar o calendário, se é faseado ou repartido em amplas ou minúsculas fatias. Até que enfim!
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A pandemia levou a uma mudança drástica nos nossos hábitos. O facto de termos de passar mais tempo em casa e de utilizarmos o mesmo espaço para trabalhar, estudar, ter aulas, fazer exercício físico e relaxar levou a população a ter de se reinventar e adaptar.
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As vacinas indevidas
Já deram origem a demissões
Continuamos a fazer parte do problema
E nunca das soluções
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Atualmente, têm-se verificado uma rápida ascensão do digital, em virtude das consequências da pandemia da COVID-19 que estamos a atravessar. Deste modo, as novas tecnologias auxiliaram o dia a dia, permitindo uma melhor adaptação às novas condições.
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A pandemia trouxe várias alterações na forma como as pessoas constroem as suas relações interpessoais, sendo uma delas o aumento do uso das redes sociais como forma de comunicação.
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Põe a vacina no congelador
Assim entra sem dor
Tem 100% de eficácia
Não é nenhuma falácia.
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Com a chegada da pandemia de COVID-19 houve a necessidade de diversas mudanças. O mundo teve de se reinventar e encontrar soluções inovadoras das mais variadas formas, nomeadamente ao nível da cultura.
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“A nova realidade”
Um vírus desconhecido
Abalou o universo
Trouxe insegurança e medo
E um continuar incerto
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No dia 23 de novembro, a turma de Química de 12º ano fez uma visita de estudo aos laboratórios de engenharia mecânica da ESTIG com o objetivo de aprofundar os seus conhecimentos em relação ao novo modelo de produção industrial de moldes em impressoras 3D (três dimensões).
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A União de Freguesias da Sé, Santa Maria e Meixedo propôs à área disciplinar de História a realização de um evento evocativo da I Guerra Mundial. Esta proposta revelou-se irrecusável, pois era a possibilidade de proporcionar aos alunos do Agrupamento, nomeadamente aos do 9.º ano, uma aula de história diferente, uma história viva.
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O Teatro Municipal de Bragança celebra este ano 10 anos, 10 anos a dar espectáculo e a enriquecer culturalmente a nossa cidade.Para tal, e como é um ano de aniversário, no dia 13 de Setembro realizou-se o lançamento do livro “Teatro Municipal de Bragança – 10 anos”, que assinala todo o percurso desde a abertura do Teatro até aos dias de hoje, e à noite decorreu a estreia absoluta do espetáculo “Abade – a história de um Homem que andava a pé”, um projeto de parceria entre a comunidade brigantina e a Companhia de Teatro da Garagem, com a direção de Carlos Pessoa.
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O Município de Bragança promoveu, pela primeira vez, a Semana da Juventude 2014 – A Saúde Mental Importa –, de 5 a 12 de agosto, em estreita colaboração com o Instituto Português do Desporto e Juventude de Bragança, entre outras entidades, dedicada inteiramente aos jovens, pois é decisivo o investimento nesta população.
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Albino Falcão, professor de português e francês na Escola Abade Baçal, encantou os alunos mais jovens do agrupamento com a sua visita, relacionada com o seu livro “A Grande Aventura do Ricardo Golfinho”.
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A leitura de histórias no recreio é realizada com e para alguns alunos do 1º ciclo da escola Augusto Moreno, desde o ano letivo transato, durante os intervalos.
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No passado dia 8 de janeiro, algumas turmas do nono e do décimo anos assistiram a uma palestra relacionada com o tema “Tráfico Humano”. Foi no final da manhã que uma plateia atenta ouviu a Irmã Julieta Dias, que quis alertar os mais jovens acerca dos perigos que correm relativamente aos diferentes tipos de tráfico e o que deve ser feito para os evitar.
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No dia 8 de janeiro, ao final da manhã, no auditório do Agrupamento, a irmã Maria Julieta, membro da Comissão de Apoio às Vítimas de Tráfico de Pessoas (CAVITP), conduziu uma palestra sobre Tráfico de Seres Humanos (TSH), na qual participaram alunos de várias turmas do 9.º Ano e Ensino Secundário.
Ler maisOs alunos de 4º ano, da escola Augusto Moreno, viveram intensamente uma semana dedicada à ciência, cujas temáticas despertaram o interesse e a curiosidade dos mesmos...
Ler maisAs atividades de programação e robótica para o pré-escolar e 1º ciclo decorrem, ao longo do ano, na EB Izeda, desde o ano letivo anterior, e no 1º ciclo na EB August...
Ler maisSegundo o relatório Decifrar as chaves, a educação das mulheres e das meninas em matéria STEM, da UNESCO, publicado em 2019, apenas 35% dos estudantes STEM (acrónimo...
Ler maisO dia 27 de abril, a EP Bragança abriu as suas portas ao Clube de Programação e Robótica “RoboTic” para a realização de uma atividade com as STEAM, programação e rob...
Ler maisI. Os fundamentos da ciência e a sustentação da pseudociência A evolução científica faz parte do nosso quotidiano, vivemos num mundo em progresso, que exige constan...
Ler maisNo dia 26 de abril, doze alunos do 4ºano da Escola Augusto Moreno, deslocaram-se a Aveiro para participarem no PmatE. Nos dias de hoje em que a Matemática é um bich...
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As palavras de José Saramago ecoaram na Biblioteca da escola sede do Agrupamento de Escolas Abade de Baçal, na noite de 17 de novembro.
Associando-se às comemorações do centenário do escritor, os alunos e docentes do 12º ano organizaram o encontro “Todas as Palavras”, convidando os restantes membros da comunidade educativa a participar no evento.
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Orlando Rodrigues é licenciado em Engenharia Agronómica – Economia dos Recursos Naturais, pela Universidade Técnica de Lisboa e doutor em Engenharia Agronómica pela mesma Universidade. É docente da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança, na área disciplinar de Economia Agrária e Sociologia Rural. Foi presidente da Sociedade Portuguesa de Estudos Rurais, de 2003 a 2007. E de 1999 a 2005 foi presidente do Conselho Diretivo da Escola Superior Agrária do IPB. De julho de 2006 até 11 de julho de 2018, assumiu a vice-presidência do IPB, foi nesta data que se tornou Presidente do IPB. Atualmente, é Vice-Presidente do Parque de Ciência e Tecnologia “Brigantia-EcoPark”.
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O Parque de Ciência e Tecnologia “Brigantia-EcoPark”, localizado na Avenida Cidade de Léon, em Bragança, foi lançado em março de 2012, com a perspetiva de, numa década, criar 480 postos de trabalho e atrair 110 empresas, com um investimento de 9,5 milhões de euros, tendo a inauguração ocorrido três anos depois. Este espaço é apontado como um caso exemplar, pois apesar de ser o mais periférico da rede PortusPark, ultrapassou as melhores expetativas que eram apontadas quando foi inaugurado.
Hernâni Dias é, desde 2013, Presidente da Câmara Municipal de Bragança. No âmbito das funções de autarca desempenha vários cargos em associações, fundações, empresas municipais e intermunicipais, e entidades de cooperação transfronteiriça e transnacional. Destaca-se, aqui, o papel de Presidente do “Brigantia-EcoPark”.
No dia um de março de 2019, a partir das dez horas e vinte minutos, realizaram-se no auditório da escola secundária Abade de Baçal duas sessões d...
Ler maisNo dia 26 de março, decorreu, na biblioteca da escola-sede do Agrupamento de Escolas Abade de Baçal, uma palestra dirigida pelo prestigiado escri...
Ler maisNo dia 12 de maio de 2015, a Escola Secundária Abade de Baçal contou com a presença da escritora Cristina Torrão. Escritora de estilo linear e qu...
Ler maisVinte e quatro de fevereiro foi o dia em que o emblemático escritor Tiago Patrício proporcionou a três turmas (7º, 10º e 12º anos) da Escola Secu...
Ler maisDia da biblioteca escolar 26 de outubro “A biblioteca escolar é super! “Foi este o tema que despertou para a celebração do Mês Internacional da...
Ler maisAna Catarina Romariz, do Agrupamento de Escolas Abade Baçal, Bragança, foi uma das premiadas no Concurso de escrita denominado “Carta a los Reyes...
Ler maisPelo 7.º ano consecutivo, a nossa escola respondeu ao desafio lançado pelo Plano Nacional de Leitura, este ano subordinado ao tema “A Leitura e o...
Ler maisTreze jovens da Escola de Izeda conquistaram o 1º prémio no escalão do 3º ciclo, do concurso de pintura em azulejo, de âmbito nacional, promovido...
Ler maisNo dia dezasseis de outubro, no Teatro Municipal de Bragança, decorreu a encenação do romance “A desumanização” de Valter Hugo Mãe, com interpret...
Ler maisQuorum Ballet, companhia de dança contemporânea de repertório, apresenta ao público, numa exibição estonteante, o seu carácter de intervenção, te...
Ler maisCom um nome invulgar, Capicua esteve na sala do Teatro Municipal Bragança ,no dia 12 de Fevereiro na rubrica “Noites Frias Vozes Quentes”, a apre...
Ler mais“Trovas e canções”,da autoria de Paula Carvalho e Paulo Mira Coelho, esteve presente no dia 8 de Abril na sala do Teatro Municipal de Bragança, a...
Ler maisLimpa Palavras Limpo palavras.Acaricio-as à noite,a palavra cama, a palavra livro.Limpo-as de dia,a palavra casaco, a palavra cão.A palavra port...
Ler maisMinha pátria amada. País amado! Que em tempos foste tão forte e grandioso.Reconhecido pelos quatro cantos do Mundo, foste pioneiro em descobert...
Ler maisDuas... Três... Quatro... Cinco…- Doutor Stuart, a Senhora Dolores da Madeira chegou. Mando-a entrar?- Sim, Helena. Já agora, cancela os meus com...
Ler maisTudo começara numa tarde serena. Mais outra tarde de leitura de um jornal banal recheado de notícias banais que eu já tinha lido em inúmeros outr...
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No dia oito de março decorreu a Fase Municipal do Concurso Nacional de Leitura num modelo totalmente remoto, adaptado à realidade da pandemia que atravessamos, com a participação dos vinte e quatro alunos vencedores da Fase Escolar dos Agrupamentos do concelho brigantino. Esta sessão foi organizada pelo Município de Bragança, numa iniciativa do Plano Nacional de Leitura, em articulação com a Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas e a Rede de Bibliotecas Escolares. Em cada nível de ensino foram apurados quatro vencedores, os quais irão representar o Concelho de Bragança na Fase Intermunicipal em Vila Flor no dia 22 de abril.
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O livro que li intitula-se “O Japão é um Lugar estranho” e tem como escritor o australiano Peter Carey. Peter Philip Carey é um escritor, jornalista e roteirista australiano que venceu o Prémio Booker dois vezes, em 1988, com a obra “Oscar and Lucinda”, e ,em 2001, com o romance histórico “True History of the Kelly Gang”. Esta obra despertou a minha atenção, não só pelo título, mais precisamente a referência ao país nipónico, mas também pela expressão “lugar estranho”.
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O livro “Se Isto é um Homem” de Primo Levi foi publicado em 2013, pela editora Publicações Dom Quixote, traduzido por Simonetta Neto e insere-se na categoria de memórias. Este deu origem à peça teatral com o mesmo nome produzida pela Companhia de Teatro de Almada.
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Não é por acaso que Gabriel Márquez foi considerado o pai do realismo mágico e foi vencedor de um prémio Nobel.
É quase impossível descrever este livro em tão poucas linhas. À primeira vista, parece retratar apenas a história das sete gerações da família Buendía e sua vida numa cidade fictícia denominada de Macondo.
Todavia, à medida que avançamos na leitura é que nos damos conta da obra que temos em mãos. Não só pela sua linguagem clara, pelo seu enredo muito bem construído, na medida em que não há “pontas soltas” e pela leveza de leitura, mas também em função das personagens fortes e temáticas abordadas.
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A Rádio (recurso tecnológico de telecomunicações) tem servido com frequência como um instrumento de de “correção nacional”.
Essa sua função dá-se através de vários métodos, como transmissão de críticas, mensagens e entrevistas/discussões. No entanto, a rádio ganhou esse estatuto de “corretora” recorrendo principalmente ao humor, à paródia, à ridicularização. Isto, porque essas características são cativantes e porque é a rádio que nos acompanha diariamente nas nossas deslocações rotineiras.
É habitual lembrarmo-nos de personagens famosas da banda desenhada e dos filmes de animação. Nomes como Super-homem Homem-Aranha, Tintim, Ric Hochet e Geronimo Stilton são algumas dessas personagens. Mas, o que têm elas em comum para surgirem juntas e o que as trouxe a esta edição especial do jornal “Outra Presença”? O jornalismo é a profissão que as une e justifica a sua presença na edição comemorativa dos 25 anos do Outra Presença.
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As cantigas de escárnio e maldizer são provenientes da Idade Média e fazem parte do gênero literário denominado trovadoresco .Foram exaradas, assim como todos os textos populares da época, em galego-português. Estas, apesar de serem satíricas, ou seja, ambas têm a intenção de criticar alguém de forma depreciativa, distinguem-se pela maneira como são escritas. Uma faz alusão clara e direta à pessoa que critica- cantigas de maldizer- e a outra é feita de modo indireto e com uso de palavras com duplo sentido – as cantigas de escárnio.
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A obra "Os Maias" foi publicada em 1888, ano em que, curiosamente, nasceu Fernando Pessoa. Trata-se de um romance, uma vez que constitui uma narrativa de grande extensão com um número muito elevado de personagens, apresentando uma ação muito extensa que decorre em vários espaços e ao longo de várias décadas.
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Depois de Seul, Los Angelas e Sidney, foi a vez do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança, ser o anfitrião das 4000 figuras que constituem a exposição de Zadok Ben-David, “People I saw but never met”, dispostas pelos dois pisos ocupados pela mostra, que esteve patente ao público entre 19 de junho e 20 de outubro, integrada na segunda edição do evento “Terra(s) de Sefarad - Encontros de culturas Judaico-Sefardita”, que decorreu em Bragança entre os dias 19 e 23 de Julho, depois do sucesso da primeira, em 2017.
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No mês de outubro, tivemos a oportunidade de usufruir de uma visita guiada à intensa exposição “Disruptive order” da israelita Dvora Morag, com a presença da artista, o que intensificou o clima emotivo aí presente.
A exposição retrata momentos de inquietação e tensão da infância da própria artista, decorrentes dos relatos dos pais polacos que viveram o drama dos campos de concentração de Auschwitz, durante o holocausto e da guerra de Israel da qual Dvora se recorda, acontecimentos que a terão profundamente marcado e influenciado esta obra. No entanto, as referências para qual cada elemento aponta não se esgotam nestes acontecimentos, antes se projetam na própria história da humanidade feita constantemente de momentos de tensão que alternam com os de encontro e harmonia.
Assim, tendo a exposição vários focos de inspiração, há uma multiplicidade de significados patente em cada elemento presente no museu. É, por isso, dada uma grande importância à interpretação pessoal de cada pessoa, tendo sido da preocupação da artista não explicar diretamente o significado das peças ao público, mas levá-lo a sentir.
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Rafael Bordalo Pinheiro revelou não se importar com o facto de poder vir a ser censurado e sempre desenvolveu as suas obras de maneira muito expressiva nesse sentido. Parte do seu trabalho está exposta no Museu Bordalo Pinheiro, em Lisboa, e continua, ainda, hoje a ser tema de conversa pela intensidade das suas críticas.
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No dia 6 de março, no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, foi-nos apresentada a exposição “Ritos da Memória”, comemorativa dos 40 anos de carreira da autora da exposição, Graça Morais. Através desta exposição, tivemos mais uma vez contacto com a importância que a pintora dá à mulher nas suas obras. E não é uma mulher qualquer, é a mulher que ela conhece e desde sempre e que pretende homenagear, uma mulher peculiar e distinta das outras, a mulher transmontana.
Ler maisTirando o nome de um filme de terror arrasado comercialmente e tentando escapar de uma vida de trabalho fabril no Reino Unido através da música, ...
Ler maisSe procurar a definição de nirvana no dicionário provavelmente encontrará qualquer coisa deste tipo: “RELIGIÃO, FILOSOFIA no budismo, beatitude c...
Ler maisAntonio Lucio Vivaldi nasceu em Veneza, a 4 de março de 1678 e morreu em Viena, a 28 de julho de 1741. Foi um compositor e músico do estilo barro...
Ler maisAcredito que o que nos vale e o que fica no fim de tudo são as palavras. E, por isso, usá-las a favor da verdade é o que entendo como fundamento básico da liberdade de expressão. A frase que cito é do escritor colombiano Héctor Abad Faciolince, no livro “Somos o Esquecimento que Seremos” que é, em si mesmo, uma aula sobre o valor, o uso e o sentido mais profundo da liberdade de expressão. Pediram-me para escrever sobre ela, a liberdade de expressão, e eu, confesso, 26 anos feitos, confronto-me agora com a dificuldade de encontrar palavras para vos falar sobre um tema que trago afincadamente no coração, desde que decidi estudar jornalismo. A dificuldade de parar, de facto, para pensar no choque diário de notícias, histórias, palavras que comprometem permanentemente este princípio nobre e transformador, em Portugal e no resto do mundo. A verdade é que devemos à liberdade de expressão, ou à falta dela, muitas das pequenas e grandes revoluções dos últimos anos. Se somos, ainda, abril é porque ousámos lutar com e por ela. Estaremos dispostos a mantê-la?
Ainda hoje lia no Público a notícia sobre o acordo entre o jornalista Rafael Marques e os generais angolanos que denunciou no livro “Diamantes de Sangue: Tortura e corrupção em Angola”. Pediam pena de prisão e mais de um milhão de euros de indemnização ao homem que trouxe a descoberto os abusos sobre os direitos humanos nas zonas diamantíferas das Lundas. Chegaram a acordo, repito. Rafael Marques denunciou torturas, assassinatos e outras formas de violência num país que, desculpem-me, vive o espetáculo triste de uma alegre e democrática ditadura, não contestada, mais ou menos apoiada pelas ditas democracias ocidentais. Rafael Marques, jornalista e ativista acusado de “denúncia caluniosa”, conseguiu um acordo, mas esteve prestes a ser preso porque escreveu um livro, porque arriscou perpetuar em palavras alguma verdade. Houve acordo. O livro não será reeditado – valha-nos a Tinta da China que o tem disponível para download gratuito no site –, e Rafael Marques continuará, dizem, a lutar pelos direitos humanos em Angola, possivelmente até em colaboração com alguns dos generais que denunciou. Recordo-vos, não haverá julgamento e este homem já não será preso. Ainda bem, mas pergunto: onde ficou a liberdade de expressão?
Será que, algum dia, a liberdade de expressão feita verdade nas palavras será capaz de motivar o fim das 116 mil mortes de crianças por ano, a maioria por subnutrição? São números do “Africa Progress Report 2013” que dá conta de que Angola está entre o terço de países que mais cresceram entre 2000 e 2011 no mundo, sendo que, em 2012, ultrapassou a China. O efeito deste crescimento foi praticamente nulo na forma como a maioria da população vive. Angola é um poço de petróleo e de desigualdades e isto deve-se, não nos iludamos, à clara e inequívoca ausência de liberdade de expressão, da denúncia, da oposição e da alternativa que lhe são inerentes. Rafael Marques é um de muitos exemplos. Assusta-me mais ainda pela proximidade histórica, e não só, de Angola e Portugal. Assusta-me pensar que, eventualmente, perdemos a morada da liberdade de expressão e andamos em rua incerta. Andamos?
Em 2014, 66 jornalistas foram assassinados e 178 foram presos, de acordo com a ONG Repórteres Sem Fronteiras. Certamente, todos vocês se lembram dos jornalistas decapitados pelo Estado Islâmico. Os números traduzem a violência da realidade e confirmam os atentados consecutivos à liberdade de expressão, de imprensa, de informação. Como vos disse, Rafael Marques é só um exemplo. Começam a ser incontáveis os exemplos e também por isso me é cada vez mais difícil escrever sobre este tema. Há pano para muitas mangas. E a liberdade de expressão devia ser casaco de todos os dias não só de jornalistas, mas também de cada um de nós. Os tempos que vivemos pedem esta liberdade como quem pede pão para a boca. Pedem, sobretudo, que saibamos vivê-la no pleno direito do dever, da consciência cívica e social. Recupero a pergunta: estamos dispostos a mantê-la?
Que liberdade de expressão defendemos, quando voltamos a cara e ignoramos as mãos em prece de um sem-abrigo? Que liberdade de expressão preservamos, quando aceitamos silenciosamente a perda da dignidade humana pela desvalorização escandalosa do trabalho? O que há de liberdade de expressão nesta apatia política e neste esvaziamento de humanidade? O que é isto da liberdade de expressão num país que mal lê jornais?
Portugal vive um dos momentos mais complexos dos últimos anos no que diz respeito à liberdade de expressão e de imprensa. Sim, é verdade. Há uma crise a vários níveis instalada nos media que, parece, estamos dispostos a ignorar. E de repente, a ausência de liberdade de expressão está ao virar da esquina, longe dos casos paradigmáticos a reboque dos grandes conflitos mundiais – que mencionei –, perto das nossas casas, na banca do quiosque do bairro. Acordemos. É fácil perceber que são as condições de trabalho e os meios ao dispor dos jornalistas as principais determinantes da liberdade de imprensa que exercem sempre que escrevem uma notícia. Mas, neste país de cravos, não nos insurgimos contra a concentração da propriedade dos órgãos de comunicação. Não. Somos, antes, adeptos da conversa de café contra o serviço público de televisão. Neste país que ousou sonhar a liberdade, não nos unimos às dezenas de jornalistas despedidos em massa, em 2014, pela Controlinvest. Não. Somos, antes, apologistas de domingos refastelados num shopping de comida rápida e fome de alma.
Alguns dos últimos relatórios da organização norte-americana Freedom House revelam este declínio de liberdade. Portugal, e nós com ele, decidiu que a precariedade é um fenómeno normal. Somos crise, somos austeridade e somos exemplo de bom comportamento na Europa. Assim seja, que para rebeldias bastam-nos o BES e o Ricardo Salgado, as Listas Vip nas Finanças ou as in(ter)venções de Cavaco Silva. E, portanto, voltemos à normalidade, já que o jornalismo anda cheio dela, feita falsos recibos verdes, trabalho incalculado, salários sem cor de dinheiro. Este é um dos momentos mais difíceis dos últimos anos para a liberdade de expressão e de imprensa, sabiam disso? Não fomos, ainda, ameaçados com prisão e julgamentos como o Rafael Marques, mas vivemos amordaçados pelo conformismo, pela inação e por um jornalismo de secretária, impedido de gritar ecos de revolução, longe de ser verdade perpetuada em palavras. Compactuamos com a violência exercida sobre os velhos que morrem sozinhos em casa, com homens despidos de alento e de vontades, com folhas de jornal a pedir ser folhas de outro ofício. Onde deixamos a liberdade de expressão?
Não sei se já vos disse que fui aluna da vossa (nossa) escola. Também fui “Outra Presença”. Livre das amarras dos meus dias, hoje, como assessora de imprensa. Fui precária no jornalismo. Sou dele, ainda, nas lutas diárias, de mãos dadas com tantos amigos jornalistas de coração. E sei-me, assim, porque aprendi os primeiros significados da liberdade, quando escrevi os primeiros textos aí, nesse Jornal feito dos limites transponíveis de quem não perde a nobreza de espírito e a convicção. Se hoje acredito que havemos de ser capazes de lutar e fazer da verdade das palavras uma nova revolução é porque me ensinaram, aí, o que viria a entender depois: “os cínicos não servem para este ofício”. Disse-o o repórter polaco Ryszard Kapuscinski. São 25 anos de “Outra Presença”. São 25 anos, mesmo que o não saibam, a defender a liberdade de expressão. Não sei se saberemos mantê-la, mas sei que é assim que lutamos por ela. A liberdade e a democracia começam na notícia “Café de Ciência - Petróleo: que futuro?”, do Guilherme Moreira do 10º A; no texto “No palco para prevenir a gravidez na adolescência”, da Andreia Castro do 12º A; ou no artigo “Encontro com Mensageiro de Bragança: A força das palavras” dos alunos Pedro Venâncio, Margarida Praça, Joana Jesus e Bruno Gomes do 10ºB. A liberdade e a democracia também se fazem de sonhos e começam exatamente onde vocês estão. Se um dia a Professora Luísa Lopes vos pedir para escreverem sobre liberdade de expressão, lembrem-se de lhe dizer que a liberdade cabe no chão e nas asas que ela soube, sempre, dar a este Jornal.